Conheça 6 testes psicológicos sobre educação e aprendizado.

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Avaliações no campo da psicologia podem ser muito úteis para aferir dificuldades no processo de aprendizagem, assim como para analisar aspectos da personalidade de uma pessoa. Os testes psicológicos sobre educação e aprendizado, por exemplo, são fundamentais na hora de ajudar o psicólogo a identificar habilidades e defasagens que precisam ser aprimoradas pela criança ou pelo adolescente.

Com um diagnóstico adequado, o profissional de psicologia é capaz de definir as melhores estratégias de tratamento e consegue auxiliar o indivíduo no seu desenvolvimento de modo mais produtivo. Dessa forma, com um acompanhamento bem-feito, a criança pode, até mesmo, evoluir no aprendizado e no desempenho na escola.

Neste texto, listamos alguns dos mais importantes testes psicológicos sobre educação e aprendizado. Continue lendo para saber mais sobre o assunto!

1. Pirâmides Coloridas de Pfister

Composto por um jogo com quadrados coloridos — divididos em 24 tonalidades — e três cartelas com pirâmides, esse teste foi criado nos anos 1950 pelo suíço Max Pfister. No exame, o indivíduo deve preencher cada uma das pirâmides com os quadradinhos, de acordo com o seu próprio gosto. No fim, a pessoa é solicitada a classificar as pirâmides por ordem de preferência.

Durante a aplicação do teste, o psicólogo analisa e anota cada escolha da pessoa examinada. A frequência das cores utilizadas e a forma como elas foram distribuídas revelam muito sobre o lado emocional e cognitivo do indivíduo.

O teste das Pirâmides Coloridas de Pfister pode ser aplicado independentemente da idade ou nível de escolaridade da pessoa estudada. Seus resultados podem servir para identificar quadros como os de depressão, transtorno do pânico, transtorno somatoforme e transtorno obsessivo-compulsivo.

2. Figuras Complexas de Rey

Esse teste consiste em pedir que a pessoa faça uma cópia de uma imagem apresentada. Depois, o indivíduo deve reproduzir a figura a partir da sua memória e, após 30 minutos, repetir o desenho. O tempo para realização do procedimento é livre. Assim, o exame acaba quando a pessoa disser que concluiu, sem que sofra pressão para finalizar.

O método foi iniciado pelo psicólogo suíço André Rey em 1941, quando o pesquisador estudava os efeitos de ferimentos traumáticos no cérebro. Nos anos seguintes, o teste das figuras complexas foi sendo aprimorado por outros especialistas até chegar ao formato atual.

As Figuras Complexas de Rey verificam a atividade perceptiva e a memória visual, sendo utilizadas na identificação de dificuldades de aprendizagem e problemas de ajustamento social em crianças a partir dos 4 anos. Além disso, podem ser úteis para avaliar alterações neuropsicológicas e alguns transtornos, como o de deficit de atenção.

3. WISC-III — Escala de Inteligência

A Escala de Inteligência de Wechsler é indicado para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. A avaliação demora em torno de 90 minutos e é constituída por 13 subtestes que medem os diferentes aspectos da inteligência do sujeito observado.

As atividades incluem diversos instrumentos, como cubos, figuras, objetos, labirintos, símbolos, números e palavras. O intuito do teste é aferir as capacidades verbais e perceptivo-motoras do jovem.

A primeira escala de inteligência foi desenvolvida em 1939 pelo psicólogo David Wechsler. Ao longo dos anos, a avaliação sofreu alterações e, atualmente, a terceira edição é a utilizada no Brasil.

O teste é conveniente no diagnóstico de desordens neurológicas e psiquiátricas, sendo relevante na determinação da necessidade de assistência psicológica ou acompanhamento psicopedagógico.

4. Teste Wisconsin de Classificação de Cartas

Criado em 1948, o Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST) é formado por dois baralhos iguais, cada um com 64 cartas, e quatro cartas-estímulo, que mostram escores de acertos e dificuldades nas atividades. O baralho contém figuras como cruzes, círculos, triângulos e estrelas, nas diversas cores (vermelho, azul, amarelo ou verde), e números de dois a quatro.

A avaliação determina a capacidade de raciocínio abstrato do indivíduo e analisa as estratégias empregadas para a solução de problemas. Esse teste descobre indicativos de dano cerebral, esclerose múltipla, mal de Parkinson e outros transtornos psiquiátricos. É destinado a avaliar pessoas de 6 a 89 anos.

5. Teste de Atenção Concentrada

O Teste de Atenção (D2) elaborado por Rolf Brickenkamp permite avaliar a atenção seletiva e a capacidade de concentração. Além disso, o exame mede a velocidade de processamento da informação, bem como a qualidade e a precisão do desempenho do sujeito.

Feito para pessoas com mais de 8 anos, a avaliação é usada para diagnósticos no campo clínico, escolar e do desenvolvimento, assim como em situações de recrutamento profissional. Por examinar a atenção, o teste pode servir, por exemplo, para perceber sintomas do Transtorno do Deficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH).

O exame é feito com folhas de resposta nas quais o indivíduo deve riscar algumas letras no material, seguindo as instruções do aplicador, em um tempo limitado. Para corrigir, o profissional verifica as marcações e as omissões com o auxílio de uma régua.

6. Escala de Maturidade Mental

A Escala de Maturidade Mental Columbia (EMMC) é um teste de inteligência desenvolvido por Bessie Burgemeister, Lucille Hollander Blum e Irving Lorge na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, a partir de 1947.

O teste traz desenhos cotidianos — como figuras geométricas, objetos, pessoas, animais e vegetais — impressos em cartões numerados usados para avaliar a capacidade da criança de discernir entre os vários símbolos. O exame é curto e demora até 30 minutos.

Com a escala de maturidade é possível verificar se a idade mental do sujeito está de acordo com sua expectativa cronológica. A avaliação é aplicada, normalmente, em crianças de 3 a 9 anos. O teste foi desenvolvido para diagnosticar, sobretudo, pessoas com paralisia cerebral ou com outros problemas relacionados às funções verbais ou motoras.

Esses são alguns dos mais famosos testes psicológicos sobre educação e aprendizado usados para identificar problemas psicológicos e defasagens na aquisição de conhecimentos, especialmente para crianças e adolescentes.

Se você acha que seu filho pode ter alguma dificuldade de aprendizagem ou apresenta sintomas de algum transtorno psicológico, entre em contato com a gente! O Núcleo Paulista de Psicologia Aplicada é um centro de referência em saúde mental e em avaliação neuropsicológica.

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Comments (1) / 23 de novembro de 2017 /

Estresse no trabalho: entenda por que funcionários são afastados!

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Segundo dados da Previdência Social, a participação dos transtornos mentais — sobretudo estresse e ansiedade — nos afastamentos associados ao trabalho tem subido nos últimos anos. No Brasil, em relação ao afastamento superior a 15 dias, os transtornos mentais são a terceira causa da concessão de benefícios pela previdência.

Neste artigo, explicamos os efeitos que o estresse no trabalho pode causar para a saúde e por que os funcionários são afastados quando sofrem desse mal. Continue a leitura para saber mais!

O que é o estresse?

Biologicamente, o estresse é um estado de excitação no qual o organismo aumenta a secreção de adrenalina no corpo. Essa agitação pode servir para que um indivíduo tenha reações rápidas em situação de urgência — algo necessário, por exemplo, para muitos profissionais de saúde.

No entanto, a longo prazo, o estresse no trabalho pode causar um esgotamento mental e ser prejudicial até mesmo para a saúde física do sujeito. No âmbito profissional, o chamado estresse ocupacional costuma aparecer por insatisfações e conflitos no ambiente de trabalho, como:

  • problemas com colegas ou chefes;

  • excesso de atividades;

  • pressão por resultados;

  • serviços monótonos ou repetitivos;

  • jornadas inflexíveis;

  • ausência de apoio ao funcionário;

  • responsabilidades mal delegadas;

  • más condições laborais.

Essa perturbação emocional, geralmente, afeta o desempenho profissional e reduz os níveis de produtividade do empregado.

Quais são as consequências do estresse no trabalho?

Se não houver cuidado, o estresse pode acarretar alterações psicológicas e fisiológicas nocivas à saúde do profissional. Entre os distúrbios mentais associados ao estresse estão: ansiedade, pânico, depressão e síndrome de Burnout. Os sintomas mais comuns incluem irritabilidade, agressividade, baixa autoestima, frustração, desânimo e cansaço.

Já fisicamente, o estresse eleva o risco de doenças do coração e diabetes. Os sintomas fisiológicos do estresse podem se relevar pelo aumento da pressão arterial, aparecimento de úlceras, gastrites, gastroenterites, cefaleia, taquicardia e sudorese, insônia e dores nas articulações.

Esses são alguns dos indícios do estresse no corpo, mas uma pessoa não precisa apresentar todos para ser constatado que sofre com o esgotamento. Por afetar o físico e o mental, em muitos casos, é necessário que a pessoa estressada passe por acompanhamento tanto médico quanto psicológico.

Por que o afastamento do profissional é necessário?

O distanciamento do trabalho é importante para que o profissional possa focar na melhora da sua saúde e tenha mais qualidade de vida, sobretudo se o estresse for associado com alguma situação vivenciada no ambiente laboral. Com o afastamento, o trabalhador pode ter um acompanhamento médico e psicológico adequado, recuperando-se com mais rapidez.

Sem o devido tratamento, o funcionário estressado não é bom inclusive para a empresa, pois, o esgotamento mental gera baixo desempenho, presenteísmo, absenteísmo e, em casos mais graves, até danos intencionais à organização.

Por isso, é importante que tanto o empregador quanto o profissional atentem aos limites do indivíduo e evitem o estresse no trabalho. Para combater essa condição, é fundamental prevenir fazendo acompanhamento psicológico e mantendo o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal.

E você, como lida com o estresse no trabalho? Se tiver alguma dica, deixe um comentário no post e compartilhe-a!

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Comments (1) / 23 de novembro de 2017 /

Lista: 5 exercícios para melhorar sua memória

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É a capacidade de guardar o que vemos, escutamos ou sentimos que permite a continuidade do aprendizado. Isso faz com que melhorar a memória seja importante para pessoas de qualquer idade — de crianças a idosos.

Do ponto de vista da neurociência, a memória pode ter ainda diferentes classificações. Neurocientistas ainda não conseguiram descobrir todos os aspectos da formação da memória, mas já se sabe que o hipocampo é fundamental na formação de novas memórias. Outras regiões do cérebro também podem ser ativadas quando nos lembramos de algo, como a parte frontal do cérebro.

Envelhecimento, problemas de saúde e até mesmo a alimentação podem diminuir a nossa habilidade de armazenar informações no cérebro. Já um estilo de vida saudável tem sido associado à redução do risco de dano neurológico, e exercícios regulares para o cérebro, a uma melhora da memória e da capacidade cognitiva.

Dicas de exercícios para melhorar sua memória

1. Treine com jogos de memorização

Você se lembra do jogo da memória? Sim, aquele infantil em você precisa encontrar duas cartas iguais! Mesmo com esse joguinho mais simples já dá para exercitar sua capacidade de memorização. Aproveite para brincar com seu filho, ou então busque algum outro jogo que você ache divertido. O importante é estimular sua habilidade de lembrar. Se preferir, existem até aplicativos com jogos voltados especialmente para a memória.

Com a prática, você consegue processar informações de maneira mais rápida e fica mais fácil quando é necessário gravar algum dado.

2. Aprenda a tocar um instrumento

A estimulação do cérebro com novas tarefas ajuda o órgão a continuar se desenvolvendo e crescendo. Por isso, tente se desafiar. Toque um instrumento, junte-se a um coral ou estude música.

Além de ser uma atividade divertida para quem gosta de música, praticar um instrumento envolve diversas partes do cérebro, já que mexe não só com a memória, mas também com as habilidades motoras e com o lado artístico. Aprender algo novo e complexo é bom para frear o envelhecimento e o atrofiamento da mente.

3. Monte quebra-cabeças

Quebra-cabeças não são bons apenas para crianças. Além de incentivar a memorização, o jogo também treina nossa capacidade de resolver problemas. Que tal pegar aquele antigo quebra-cabeças e montá-lo?

4. Brinque com jogos dos sete erros

Jogos dos sete erros são bons para testar nossa atenção aos detalhes, assim como a memória porque, muitas vezes os erros são pequenos e difíceis de identificar. Comece com os menos complicados e vá aumentando o nível de dificuldade a medida que você for melhorando no tempo de resolução dos erros.

5. Faça operações matemáticas

Esqueça a calculadora! Torne a resolução de uma conta mais desafiadora ao realizar os cálculos mentalmente. No começo pode ser difícil, mas a intenção é não precisar usar nem mesmo papel e lápis.

Outras atividades que exercitem o cérebro também podem ser utilizadas para melhorar a memória, como ampliar o seu vocabulário com o aprendizado de uma nova palavra a cada dia ou adquirir uma nova habilidade — pode ser aprender a cozinhar, estudar uma nova língua, descobrir como fazer algo artesanal ou qualquer outra coisa do seu interesse, desde que saia da sua zona de conforto.

O cérebro tem uma potência incrível de adaptação e mudança. Com o estímulo certo, mesmo pessoas com idade mais avançada conseguem formar novas conexões neurais.

Porém, a alimentação e a saúde afetam em nossa capacidade cognitiva. Por isso, não se esqueça de ter uma alimentação equilibrada, ir ao médico regularmente, praticar exercício físico e manter o sono em dia. Evitar o estresse e ter momentos de distração também ajuda a ter mais saúde mental.

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Comments (0) / 24 de outubro de 2017 /

Saiba como identificar o déficit de atenção e quais são os sintomas

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Crianças agitadas que não conseguem ficar paradas. Para muitos, essa é a imagem associada ao déficit de atenção, mas a realidade não é bem assim. Pessoas com essa condição não necessariamente apresentam todos os sintomas do déficit de atenção — hiperatividade, impulsividade e desatenção.

Quer entender mais sobre essa condição? Então, continue a leitura para saber como identificar o déficit de atenção e descobrir quais os principais sintomas!

Afinal, o que é o déficit de atenção?

O Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH), também conhecido como Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento e psiquiátrico.

Estudos têm associado o transtorno a uma alteração no funcionamento do córtex pré-frontal. Isso quer dizer que o cérebro de pessoas com o transtorno funciona de forma diferente do usual, exigindo maior esforço mental, sobretudo para atividades que exijam concentração.

Normalmente, o déficit de atenção aparece na infância e pode persistir durante toda a vida do indivíduo. Se não for identificado, chega a prejudicar o desempenho escolar da criança ou a performance profissional do adulto.

Quais são os tipos de TDAH?

Pessoas com déficit de atenção podem apresentar sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade. De acordo com a frequência de manifestação desses sintomas, podemos classificar o transtorno em três tipos:

  • predominantemente desatento: quando há desatenção, mas não hiperatividade e impulsividade;
  • predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os sintomas de hiperatividade e impulsividade estão presentes, mas não a falta de atenção;
  • apresentação combinada: o mais comum, em que a pessoa apresenta desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Além disso, a criança  ou o adulto  pode apresentar diferentes graus de déficit de atenção, entre leve, moderado e grave. A graduação do transtorno será definida segundo a quantidade de sintomas que estão presentes e o quanto eles afetam o funcionamento social ou profissional da pessoa.

Quais são os sintomas do déficit de atenção?

Apesar das variações dos tipos e graus de transtorno do déficit de atenção, os sintomas mais comuns do TDAH são: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Entenda melhor cada um desses aspectos:

Falta de atenção

Muitas vezes, pessoas com déficit de atenção são capazes de manter o foco em atividades que as interessam, mas, para elas, é mais complicado sustentar a atenção quando a tarefa é repetitiva ou monótona. Por isso, crianças com TDAH têm tendência a não conseguir terminar os deveres e a dispersar quando há muitos estímulos externos. Alguns sinais incluem:

  • dificuldade em seguir instruções e terminar tarefas com muitas etapas;

  • falta de atenção aos detalhes;

  • dificuldade em se manter organizado ou em fazer planos com antecedência;

  • perda frequente de objetos ou indiferença a interações de terceiros por falta de atenção.

Hiperatividade

Como as crianças são naturalmente ativas, pode ser mais difícil para alguns pais diferenciar um comportamento comum de um sintoma de TDAH. No entanto, hiperatividade é maior do que uma simples agitação, há também uma inquietação motora. Fique atento a alguns sinais, como:

  • movimentação constante, mesmo em ambientes públicos;

  • realização de movimentos repetitivos, como balançar a perna e mexer os dedos;

  • dificuldade em ficar quieto, sentado ou em relaxar.

Impulsividade

Outro sintoma comum do déficit de atenção é a impulsividade. Pessoas com TDAH costumam ter problema com autocontrole. Os sinais mais comuns são:

  • fala excessiva e a interrupção de outras pessoas;

  • inabilidade em manter controle emocional, com explosões de raiva e agressividade.

Para que uma criança seja diagnosticada com TDAH, é necessário que esses sintomas se manifestem por um tempo mínimo de seis meses. Em adultos ou adolescentes, o déficit de atenção pode incluir outros sintomas, como: ansiedade, baixa autoestima, problemas em manter empregos ou dificuldade em controlar o temperamento.

Por isso, o diagnóstico do déficit de atenção deve ser feito por um profissional qualificado. Se você acha que sofre com TDAH ou conhece alguém que pode ter o distúrbio, uma visita ao médico é indispensável.

As causas do TDAH ainda estão sendo investigadas, mas as alterações no funcionamento do cérebro têm sido associadas a uma predisposição genética, hereditária, assim como ao uso de álcool, nicotina e outras drogas durante a gestação.

Quer saber mais sobre os distúrbios que afetam a saúde mental dos brasileiros? Então leia também nosso artigo sobre os transtornos mentais mais comuns.

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Comments (1) / 18 de outubro de 2017 /

Por que dormimos? Conheça o mistério do sono!

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Basta uma noite maldormida para que o dia seguinte seja pesado, improdutivo e recheado de problemas que parecem não ter solução. O sono é realmente um grande aliado da saúde e disposição. Mas você já parou para se perguntar por que dormimos?

Não é estranho que todos os dias tenhamos que passar horas inconscientes e inertes? Estima-se que passemos cerca de um terço da nossa vida dormindo. Parece muito, não? Porém, trata-se de um processo vital, afinal, o nosso corpo funciona como uma espécie de máquina. E qual máquina aguenta ficar em funcionamento 24 horas por dia?

Sendo assim, o sono é como um intervalo, no qual recarregamos nossa bateria. É por isso que alguns distúrbios, como a insônia, prejudicam tanto a vida das pessoas atingidas.

Pensando em ajudá-lo a entender por que dormimos, listamos abaixo 5 funções do sono para o nosso organismo.

Vamos lá!

1. Restabelecimento dos processos cerebrais

Durante o dia, vivemos experiências que acionam algumas funções do nosso cérebro. Imagine se todas elas permanecessem ativas para sempre: a massa cinzenta certamente não suportaria.

Quando dormimos, algumas conexões importantes são fortalecidas e outra menos relevantes são reduzidas. É assim que a nossa mente permanece em constante equilíbrio e a nossa memória é melhorada. Em períodos de estudos, por exemplo, há pessoas que deixam de dormir para ficar estudando. Não é uma boa ideia, já que, sem a qualidade de sono adequada, as memórias tendem a não se fixar.

Enquanto permanecemos acordados, nosso cérebro não tem tempo para fazer essa análise das conexões, visto que novos estímulos continuam a ser recebidos. Daí a sensação de acordar com a cabeça cheia após uma noite maldormida.

Você já reparou também como se sente meio “bêbado” após muito tempo de vigília? Aliás, passar mais de 25 horas sem dormir afeta o organismo tanto quanto uma intoxicação alcoólica e pode causar sensibilidade maior à dor, agressividade e até mesmo alucinações.

2. Manutenção do sistema imunológico

Nosso corpo conta com mecanismos cuja função é combater doenças e infecções. Afinal, para ter contato diário com uma grande quantidade de vírus, basta respirar.

O que seria do nosso organismo, então, sem esse sistema de defesa? Ficaríamos à mercê de bactérias e outros microrganismos nocivos? E se dissermos que esses filtros são reforçados durante o sono?

Sim, eles são. O sono é muito importante no processo de reorganização dos leucócitos, as células brancas do sangue, responsáveis por nos proteger da ação de agentes causadores de doenças.

3. Pressão arterial controlada

Por falar em células do sangue, todas elas ficam meio “desregradas” quando a pessoa não dorme bem. A tendência é que a pressão arterial suba, aumentando também a incidência de adrenalina, cortisol e células brancas no sangue (aquelas do sistema imunológico, lembra?).

E não pense que isso acontece somente com quem é hipertenso. Qualquer pessoa está sujeita até mesmo a desenvolver uma hipertensão em decorrência da má qualidade do sono. Quando esses hormônios estão em harmonia em nosso organismo, a pressão arterial deve permanecer em níveis normais.

É importante lembrar, entretanto, que os distúrbios do sono não são a única causa dessas variações da pressão sanguínea. Caso você tenha o costume de dormir bem e a sua pressão apresente descontrole, talvez seja hora de procurar um cardiologista.

4. Sensação de bem-estar

Você lembra que falamos que o sono insuficiente aumenta a quantidade de cortisol no sangue? Pois bem, esse hormônio é responsável por nos tornar mais agressivos e mal-humorados.

É por isso que ele deve estar presente em nosso organismo na dose certa. O sono também é responsável por manter esse equilíbrio, daí a disposição e a capacidade de tomar decisões acertadas após uma noite bem-dormida.

5. A longo prazo, a saúde agradece

Não é só em decorrência do trabalho ou de uma rotina agitada que algumas pessoas dormem menos que o necessário. Há casos nos quais o indivíduo dispõe de tempo suficiente para dormir, mas passa horas rolando na cama, sem conseguir pregar os olhos.

Essa situação normalmente está relacionada a distúrbios do sono, e, uma vez que o sono demora a chegar, o nervosismo tende a aumentar. Imagine a sensação de ser o único a não conseguir dormir enquanto a cidade toda desfruta do descanso merecido.

É claro que não é bem assim: há muita gente que sofre de algum transtorno relacionado ao sono. Se for o seu caso, procurar um tratamento imediatamente é a melhor solução.

A má qualidade do sono não afeta somente as atividades do dia seguinte. Um perigo maior começa a surgir quando ela vira uma constante em nossa vida. Pessoas que dormem mal estão mais suscetíveis a doenças como diabetes, obesidade, problemas cardíacos e depressão.

Outro fator que deve ser levado em conta é que, durante o sono, o cérebro realiza uma espécie de limpeza, dispensando algumas substâncias inúteis ou até mesmo nocivas. Um bom exemplo disso são os resíduos beta-amiloide, uma proteína que, quando acumulada, pode levar ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. Ou seja, dormir bem também está relacionado à prevenção dessa doença tão temida.

Entendeu a importância do sono para a nossa vida e a nossa saúde? Ao contrário do que muita gente pensa, dormir não é perda de tempo. Trata-se de um período no qual você recarrega a bateria para poder voltar com mais afinco às suas atividades.

Perda de tempo é não dormir o suficiente para “adiantar coisas do trabalho” e ser menos produtivo no dia seguinte porque não se recuperou do cansaço. Não seria melhor ter dormido bem e acordar mais ligeiro e disposto no outro dia?

O mesmo vale para quem fica até tarde estudando para provas e testes. Estudar, mas não dormir o suficiente para que o seu cérebro grave o que foi lido é um verdadeiro tiro no pé. Você fica cansado, indisposto e ainda não tem um aproveitamento satisfatório do estudo.

Se você gostou do nosso post explicando por que dormimos e a importância de manter a boa qualidade do sono, assine a nossa newsletter e continue por dentro das novidades!

 

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Comments (0) / 4 de outubro de 2017 /

Você sabe como ocorre o sono humano? Entenda aqui!

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Você já deve ter ouvido diversas vezes que dormir o suficiente faz bem para a saúde e melhora a capacidade de concentração. Mas você sabe exatamente como ocorre o sono humano? Para alguns de nós, o “ritual” envolve até um certo mistério: todas as noites nos deitamos, “apagamos” e só retomamos a consciência no outro dia, nos sentindo renovados.

O objetivo deste post é ajudar você a entender um pouco sobre o que ocorre em nosso organismo durante esse processo. Acompanhe:

O que é o sono?

Nosso organismo segue um ciclo, denominado ciclo circadiano. A cada 24 horas, dormimos e acordamos. Isso acontece mesmo se estivermos confinados em um local onde não há acesso à contagem do tempo.

Nesses casos, pode ser que a quantidade de horas varie, mas um ciclo ocorrerá inevitavelmente a cada 24 horas. Isso acontece porque os mecanismos do sono são regulados por nosso relógio biológico, que nada tem a ver com as circunstâncias ambientais.

Durante o sono, a atividade motora é reduzida e a taxa de resposta a estímulos sensoriais também cai drasticamente. Responsável por recarregar nossas energias, esse processo se divide em cinco fases.

Quais são as fases do sono?

Fase 1

O sono ainda é leve e você pode ser acordado facilmente. Há uma desaceleração do metabolismo, mas alguns espasmos podem ser experimentados. São eles, inclusive, que o fazem sonhar com uma queda e acordar com o “impacto”.

Fase 2

Metade do tempo que passamos dormindo corresponde a essa fase. O corpo finalmente começa a relaxar e a atividade cerebral torna-se mais lenta. Ainda podem acontecer espasmos.

Fase 3

É o sono profundo, quando fica mais difícil acordar. As ondas cerebrais se alternam entre rápidas e lentas e, caso você acorde nessa fase, se sentirá desorientado por alguns minutos até retomar a consciência.

Fase 4

Funciona como um segundo estágio do sono profundo. As ondas cerebrais são lentas e completar essa fase é de extrema importância para o completo descanso. Crianças e adolescentes sofrem a ação dos hormônios do crescimento nessa etapa.

Fase 5

Também conhecida como REM (Rapid Eye Moviment — ou Movimento Rápido dos Olhos), é nessa fase que ocorre a maior parte dos sonhos. Funciona em balanço com o sono profundo, sendo que o REM aumenta à medida que chega a hora de acordar.

Por quantas horas devo dormir então?

Passamos cerca de um terço de nossas vidas dormindo. Ao ler isso associado a todos esses estágios, é natural que você esteja pensando que é preciso dormir por muito tempo. Entretanto, adultos devem dormir entre 7 e 9 horas diárias. Isso pode variar conforme a idade, atividade e estilo de vida. Bebês precisam dormir acima de 14 horas.

Sobretudo, tenha em mente que o tempo de sono não deve ser encarado como perdido. Trata-se de uma atividade importantíssima para o nosso bom desempenho em todos os setores.

E quando não dormimos bem?

A má qualidade do sono pode vir associada a distúrbios, que devem ser tratados de modo que não prejudiquem as atividades do nosso dia a dia. Os principais deles são:

  • insônia: consiste na dificuldade de pegar no sono ou de dormir por horas seguidas. Geralmente causa irritação e indisposição no dia seguinte;
  • apneia do sono: a respiração é interrompida por um período durante o sono. Normalmente, é causada por problemas no controle das vias respiratórias e deve ser tratada imediatamente;
  • terror noturno: o paciente apresenta episódios de sonambulismo com palpitações, gritos e desespero. Ao acordar, normalmente, não se lembra de nada.

Gostou do nosso artigo e entendeu melhor como ocorre o sono humano? Confira também o nosso post sobre memórias e sua classificação do ponto de vista da neurociência!

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Comments (1) / 4 de outubro de 2017 /

Como o cérebro aprende a reconhecer as palavras?

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Você já parou para refletir como o cérebro aprende a identificar as palavras? O órgão do sistema nervoso central humano é um dos “processadores centrais” mais potentes do mundo. Ele tem capacidade de processar as informações recebidas em questão de milissegundos. É incrível como um órgão pode ser tão dinâmico e efetuar tantas tarefas ao mesmo tempo, do monitoramento de outras partes do corpo à interpretação de palavras.

Quando falamos sobre o reconhecimento de palavras, precisamos entender que o cérebro está dividido em dois hemisférios: esquerdo e direito. O hemisfério esquerdo está mais ligado ao nosso lado acadêmico, sendo responsável pelo raciocínio lógico, pela fala e pela linguagem. Já o hemisfério direito foi percebido como mais conectado à criatividade e à arte. Porém, os dois lados estão em conexão e, juntos, nos permitem executar as tarefas mais complexas.

Como o cérebro aprende: qual é a área que reconhece as palavras?

Segundo especialistas, existe uma zona específica para o reconhecimento de palavras: a Área do Formato Visual da Palavra. Por meio de escaneamentos com ressonância magnética funcional (fMRI), os cientistas perceberam que essa área é ativada exatamente quando as pessoas leem. Isso não acontece durante outras atividades, como o reconhecimento de objetos ou rostos. Também foi observado que lesões nessa região impedem que o indivíduo reconheça palavras inteiras, somente distinguindo as letras separadas.

Porém, isso não é tão simples assim: em um estudo, pesquisadores perceberam que o cérebro separa as palavras por categorias, dependendo do seu significado. Algumas palavras, como números, são mais ativadas em uma parte do cérebro, enquanto outras, relacionadas a locais, acionam outra região. De acordo com a pesquisa, o cérebro aprende a reconhecer 12 categorias de palavras:  “tátil” (como dedos), “visual” (como azul), “numérica” (cinco), “localidade” (estádio), “abstrato” (natural), “temporal” (horas), “profissional” (reunião), “violência” (letal), “público” (escola), “mental” (adormecido), “emocional” (desprezado) e “social” (criança).

Outra descoberta importante foi que há certa simetria dos dois hemisférios em relação à distribuição semântica no cérebro. Apesar de a linguagem se concentrar no lado esquerdo, o direito também é importante para captarmos entonações e interpretarmos frases com duplo sentido, por exemplo.

É verdade que o cérebro interpreta palavras como imagens?

Sim, esse é um fato bem interessante. Quando lemos um texto, o cérebro visualiza as palavras, reconhecendo cada uma como uma imagem individual. Assim, nossos neurônios são treinados para reconhecer as palavras inteiras e não apenas parte delas. Por isso, mesmo que uma palavra tenha erro ortográfico, conseguimos compreendê-la. Nosso cérebro entende o contexto e a interpreta do mesmo jeito.

Um estudo analisou como aprendemos novas palavras e os resultados sugerem novas abordagens para os problemas de aprendizagem. Como aprendemos a ler, verbalizando as letras das palavras, isso pode ser complicado para pessoas com dislexia. Por isso, para quem tem dificuldade de assimilar as palavras por soletração, memorizar a palavra inteira como uma imagem pode ser uma estratégia mais efetiva.

Agora que você já sabe como o cérebro aprende a reconhecer palavras, entenda também como funcionam nossas memórias do ponto de vista da neurociência. Aproveite e compartilhe este artigo nas redes sociais! 

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Comments (1) / 4 de outubro de 2017 /

Quando é hora de procurar um psicoterapeuta?

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Angústia, tristeza e decepção são emoções comuns. Ao longo da vida, é normal nos depararmos com elas. Afinal, ninguém é feliz o tempo inteiro. Porém, se as emoções negativas tornaram-se constantes e o sofrimento tem sido extenuante, talvez seja a hora de buscar um psicoterapeuta.

Buscar a ajuda de um psicólogo ainda é um tabu para muita gente. Há uma preocupação com o que as pessoas vão achar a respeito disso e existem também receios em conversar com uma pessoa desconhecida sobre problemas íntimos.

Só que devemos ter em mente que um psicoterapeuta é um profissional treinado para nos auxiliar. Ele não está ali para julgar ou discriminar, e sim para escutar de forma atenta e empática.

A saúde mental é tão importante quanto a física. Não há nenhuma vergonha em reconhecer que precisamos de amparo. Na verdade, procurar assistência é um bom sinal, pois revela um desejo de transformação pessoal, algo essencial para que a terapia tenha melhores resultados.

Se você ainda está em dúvida sobre quando procurar um psicoterapeuta, destacamos alguns sinais para você ficar atento!

Falta de prazer e de perspectiva na vida

Desinteresse e ausência de prazer não necessariamente significam que precisamos de um psicoterapeuta. Contudo, se há um sofrimento constante e a pessoa não consegue enxergar soluções para os seus problemas, é bom poder contar com ajuda profissional.

A terapia é um espaço para refletirmos sobre nossos conflitos e acharmos formas de lidar melhor com os sentimentos negativos para evitar que eles atrapalhem nossas vidas nos âmbitos pessoal, profissional e familiar.

Quando a desmotivação e a falta de perspectiva não são trabalhadas, elas podem gerar problemas maiores e, em casos mais graves, levar a um quadro de depressão. Por isso, esses sintomas não devem ser ignorados.

Descontrole emocional

Quando há falecimento de um familiar, término de uma relação ou perda de um emprego, é comum ficarmos abalados emocionalmente. Contudo, se não há superação do trauma ou se os sentimentos ruins persistem durante um longo tempo, é bom buscar auxílio.

Explosões de raiva, choro constante e pensamentos negativos frequentes podem indicar um desequilíbrio emocional e, quando se tornam regulares, acabam interferindo na vida da pessoa.

Mudanças de comportamento ou humor devem ser observadas. Se não há um motivo ou um controle sobre elas, um psicoterapeuta pode ser necessário.

Autoconhecimento e crescimento pessoal

Um dos papéis da psicoterapia é fazer com que a pessoa se conheça mais e seja capaz de resolver seus conflitos internos. Por isso, ela pode ser útil, mesmo que não haja perda do prazer ou desequilíbrio emocional.

Se você tem algo que lhe impede de crescer, como um trauma não resolvido, ou está em busca de autoconhecimento, a terapia também é para você. O tratamento terapêutico promove mudanças e pode ajudar o indivíduo a lidar melhor com as situações que o incomodam.

Mesmo que não haja nenhum motivo aparente, se você acha que precisa de ajuda, procure um psicoterapeuta. Conversar com um profissional pode ser muito benéfico e libertador.

Não há idade para fazer terapia. Existem diversas abordagens terapêuticas e o tratamento pode ser realizado de maneira individual, familiar, em casal ou em grupo.

E agora, já sabe quando procurar um psicoterapeuta? Quer saber mais sobre psicoterapia? Siga a gente no Facebook, Youtube e Instagram e não perca nenhum artigo! 

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Comments (1) / 4 de outubro de 2017 /

Ritalina: o que você precisa saber sobre este medicamento

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Transtornos que envolvem dificuldades no aprendizado parecem mais comuns a cada dia. Resta a dúvida se a incidência deles realmente aumentou ou se trata apenas de uma evolução nos diagnósticos, que estão mais precisos. Junto a eles, somos surpreendidos por um nome: Ritalina.

A Ritalina é um medicamento, normalmente, prescrito para o tratamento de transtornos relacionados ao déficit de atenção. Trata-se do Cloridrato de Metilfenidato, um tipo de anfetamina que tem propriedades que agem diretamente no sistema nervoso central, deixando o cérebro no modo “alerta”.

Quais são as indicações?

O medicamento é indicado para pacientes com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e Narcolepsia. Porém, ele não deve ser o único agente utilizado: o tratamento correto associa a medicação às medidas educacionais, sociais e psicológicas.

O diagnóstico do problema não se baseia apenas em exames que avaliam fatores físicos. Ele parte de uma análise que leva em conta diversos componentes sociais, psicológicos, genéticos e ambientais. Isso porque existe uma linha tênue que separa a inquietação normal de uma criança dos sintomas do TDAH.

Entretanto, nem todas as crianças diagnosticadas com o déficit de atenção precisam incluir o medicamento no tratamento. Há casos que podem ser tratados somente com psicoterapia e o apoio da família e da escola.

Já a narcolepsia é menos comum e se caracteriza por sonolência além do normal durante o dia e episódios de perda do tônus muscular.

Hoje em dia, existem adultos que são diagnosticados com TDAH. E o medicamento é utilizado para o tratamento deles também. Normalmente, após algum tempo de uso, os sintomas do transtorno começam a melhorar.

Há alguma contraindicação?

Pacientes que são alérgicos ou sensíveis aos componentes da fórmula do medicamento, assim como portadores de hipertireoidismo, ansiedade, tensão, agitação, glaucoma, angina, arritmia cardíaca, tiques e histórico familiar de Síndrome de Tourette não devem utilizar o medicamento.

Na ocorrência de qualquer um desses eventos, o médico deve ser avisado e testes precisam ser realizados para averiguação.

Quais são os efeitos da Ritalina?

O medicamento melhora a concentração e o foco, fazendo com que a criança passe a ter um bom desempenho escolar. Para o adulto, também é benéfico em relação ao trabalho e aos estudos. Esses resultados positivos, por sua vez, deixam o paciente mais tranquilo, com a sensação de estar fazendo “a coisa certa”.

Em pacientes mais jovens, é possível observar uma menor incidência do desenvolvimento de depressão, ansiedade e distúrbios de comportamento.

Entretanto, não existem históricos de testes do medicamento em pessoas que não possuem distúrbios de concentração. Portanto, tomá-lo apenas para melhorar o desempenho em suas atividades não é uma boa ideia.

Além de os efeitos nesse caso serem desconhecidos — pode ser que não altere em nada a capacidade de percepção—, a Ritalina é um medicamento e, assim como todos os outros, também apresenta riscos e efeitos colaterais.

E quais são esses riscos e efeitos colaterais?

O uso a longo prazo do medicamento pode desencadear uma série de riscos, como convulsões, alucinações, psicose e até mesmo pensamentos suicidas. Não podemos nos esquecer de que trata-se de um psicoestimulante.

Além disso, o paciente pode acabar viciado no remédio, já que, após suspenso o uso, ele pode se sentir mais desorganizado e desligado. No caso de crianças, é normal que fiquem mais calmas após a suspensão do uso, mas qualquer alteração brusca na personalidade deve ser informada ao médico, que avaliará se deve ou não continuar com a medicação.

Aliás, qualquer efeito colateral que apareça em grandes proporções e ameace a vida em sociedade, a integridade e a saúde do paciente deve ser informada ao médico, que analisará se o melhor a fazer não é suspender a medicação e buscar outras terapias alternativas.

Fisicamente, podem surgir enjôos, aumento dos batimentos cardíacos, dor de cabeça, tonturas e reações alérgicas.

Como a Ritalina deve ser tomada?

O medicamento é indicado somente para crianças acima dos 6 anos de idade. Nesse caso, deve ser tomado 1 ou 2 vezes ao dia, começando com 5 mg e indo até 10 mg, caso seja necessário.

Adultos devem tomar de 20 mg a 30 mg divididas em 2 ou 3 doses ao longo do dia. Pacientes que sofrem de insônia devem tomar a última dose do dia no máximo até as 18h.

Entretanto, a posologia do medicamento é definida pelo médico, de forma personalizada. Existem pacientes adultos que apresentam bons resultados com a mesma dosagem infantil outros que necessitam de até 60 mg diariamente. Portanto, cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico responsável.

Quais as polêmicas que envolvem a Ritalina?

O medicamento é vendido somente com prescrição médica e retenção da receita. Consultar um profissional é a melhor forma de ingerir o remédio com segurança e responsabilidade.

Existem muitas pessoas que oferecem a “droga” sem exigir a receita, mas na maioria dos casos, trata-se de remédios falsificados, ou seja, comprimidos de farinha.

O DEA (Drug Enforcement Administration), órgão norte-americano que administra os narcóticos, reforça que a Ritalina é legalizada para o tratamento do TDAH, porém, o aumento do uso do medicamento em terapia tem crescido muito nos últimos tempos.

Além disso, é sabido que existem pacientes que fazem uso abusivo e sem prescrição médica. Os efeitos do metilfenidato, presente na fórmula do medicamento, são comparados aos da cocaína por alguns jovens que já fizeram esse mau uso. Entretanto, há médicos que defendem que os efeitos não são semelhantes aos da droga.

Fala-se do aumento da incidência do uso de drogas entre portadores de TDAH, mas isso não está relacionado ao uso do medicamento, e sim a uma característica própria do cérebro de quem tem o transtorno. E, nesse caso, a ingestão da Ritalina seria um agente que diminuiria o risco do vício no futuro e, portanto, benéfica ao paciente.

Junto ao aumento das vendas do remédio, vem também o questionamento se os diagnósticos realmente estão mais eficientes ou se apenas vem sendo distribuídos indiscriminadamente, baseados em uma concepção estereotipada do problema.

Gostou do nosso post sobre a Ritalina? Entre em contato conosco e descubra mais sobre o assunto.

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Comments (0) / 27 de setembro de 2017 /

Conheça o lado emocional do cérebro e o mapa das emoções

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Costumamos associar nosso cérebro à racionalidade e o coração, às emoções. Entretanto, isso tem apenas sentido figurativo, já que existe uma parte da nossa “massa cinzenta” que pode ser chamada de cérebro emocional.

É lá que as reações que dão origem aos nossos sentimentos ocorrem. Já a outra parte, chamada cérebro racional, é responsável pelo nosso senso crítico e capacidade de análise.

Há algum tempo, estabeleceu-se um novo fator capaz de mensurar a capacidade de tomar decisões acertadas de uma pessoa. Além do conhecido QI (Quociente de inteligência), temos o QE (Quociente Emocional). Acredite: mesmo quando você pensa que está agindo somente com a “razão”, suas emoções estão atuando. Sem elas, seria impossível tomar qualquer decisão.

Um QE elevado indica que a pessoa é capaz de equilibrar bem esses dois lados. Esse seria o caminho para a realização pessoal e profissional.

O sistema límbico

Na parte frontal do nosso cérebro, existe uma área, mais ou menos do tamanho de uma noz, que é responsável pelas nossas emoções, memória e aprendizagem. É a essa parte que damos o nome de sistema límbico.

As nossas emoções estão diretamente ligadas à memória. É daí que surge o medo quando somos expostos a situações que nos fazem recordar traumas do passado, por exemplo.

Esse sistema subdivide-se em três partes:

  • Hipocampo – Responsável pela memória e capacidade de orientação. Doenças relacionadas à memória, em geral, afetam diretamente essa região, fazendo com que o indivíduo perca todas as suas memórias ou se torne incapaz de construir novas;
  • Amígdala – Diferente do órgão homônimo que temos em nossa garganta, ela é responsável por analisar riscos e vivências. A partir daí, se desencadeiam as reações que originam os sentimentos;
  • Hipotálamo – Responsável por liberar hormônios e controlar os mecanismos de fome e sede. Além disso, regula o sono, a agressividade, o amor e o desejo sexual.

Outras partes do cérebro 

Além dessa parte do cérebro, algumas outras são responsáveis por outros tipos de emoções que sentimos. Confira:

  • Cortex pré-frontal – Concentração, empatia, controle emocional e capacidade de julgamento ocorrem aí. Sua baixa atividade resulta em uma pessoa desorganizada e distraída, enquanto que a sua aceleração torna o indivíduo estressado, ansioso e hiperativo;
  • Lobos temporais – Localizados atrás dos olhos, são responsáveis pela estabilidade (ou não) do humor. Problemas nessa parte podem levar à depressão em grau elevado, raiva e agressividade;
  • Gânglios basais – Rodeiam o sistema límbico e relacionam sentimentos, pensamentos e ações que desempenhamos diante de determinada situação.

Essas regiões liberam hormônios que fazem com que observemos as sensações relacionadas às emoções também em outras partes do corpo, desencadeando reações como palpitação e “frio na barriga”.

Sentimentos como o amor, por exemplo, fazem o cérebro liberar substâncias que dão a sensação de bem-estar geral. Já a inveja e a tristeza trazem dor e sofrimento. E isso ocorre da mesma forma em qualquer lugar do mundo. As formas de se expressar é que são diferentes em cada cultura. Ao contrário do que pensamos, nossas reações não estão relacionadas às situações ou a outras pessoas, mas sim à forma de lidarmos com as nossas emoções.

O cérebro é, sem dúvida, o órgão mais complexo do nosso corpo. Agora que entendemos um pouco mais sobre o seu funcionamento, podemos concluir que ambos os lados, racional e emocional, devem manter um equilíbrio para que a nossa saúde física e mental seja adequada.

E você? Já sabia que temos um cérebro emocional? Deixe seu comentário abaixo!

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Comments (6) / 27 de setembro de 2017 /