Diferença entre Autismo e Asperger: entenda de uma vez por todas

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Comments (0) / 27 de setembro de 2017 /

Identificar a origem de uma dificuldade no aprendizado nem sempre é fácil. A maior parte desses transtornos não podem ser diagnosticados através de exames específicos. Além disso, existem alguns que são muito similares entre si. Quer um exemplo? Você sabe qual a diferença entre autismo e asperger?

É claro que o diagnóstico envolve uma série de testes, exames e entrevistas com familiares. Além disso, não existe um único profissional responsável por fazê-lo. Psicólogo, psiquiatra, pediatra, professor e família trabalham juntos, tanto para identificar quanto para tratar o problema.

Entretanto, muitos pais ainda têm dúvidas sobre a hora certa para procurar um psicólogo. Afinal, até onde as dificuldades do filho são normais? Quando desconfiar da existência de algum transtorno?

Ao iniciar o processo de investigação, outras inseguranças ainda podem se instalar. Existe uma linha relativamente tênue que separa o Autismo da Síndrome de Asperger, por exemplo.

Asperger poderia ser considerada uma versão mais leve do autismo. Mas qual o limite exato onde um dos transtornos começa e o outro termina? Pensando nisso, listamos abaixo algumas diferenças entre eles.

1. Manifestação do problema

Ambos os transtornos já vêm implícitos nos pacientes desde o nascimento. Entretanto, o momento em que pais e professores começam a desconfiar que há algo errado é diferente para portadores de autismo e asperger, devido ao aparecimento dos sintomas.

Entre um e dois anos, os pais começam a estranhar o fato da criança não falar e não se interessar em interagir com as outras pessoas. Nesse caso, é bem provável que se trate de autismo.

A síndrome de asperger, por outro lado, começa a ser percebida somente após os três anos de idade, já que a criança tem interesse em interagir com os outros. Entretanto, o estranhamento surge a partir do modo “desajeitado” que ela se comporta, que pode vir acompanhado de movimentos repetitivos e tiques.

2. Comunicação

Esse aspecto costuma ser afetado de certa forma em ambos os casos. Grande parte dos diagnosticados com autismo não desenvolvem a fala. Aqueles que a desenvolvem apresentam dificuldades em manter uma conversa e fazem uso repetitivo da linguagem.

Além disso, não conseguem identificar figuras de linguagem e expressões faciais, tendendo a interpretar ao pé da letra tudo o que é dito.

Já crianças com asperger desenvolvem a linguagem, que pode parecer até “rebuscada” demais em alguns casos. Elas apresentam um discurso prolixo e sofisticado e sentem muita vontade de interagir com as outras, mas muitas vezes não sabem como fazê-lo.

3. Capacidade Cognitiva

O autismo pode vir associado a outros problemas de retardo mental e, parte das crianças diagnosticadas, apresentam QI abaixo da média. Esse tipo de atraso costuma ser significativo nesses pacientes.

Já as crianças com asperger podem, em alguns casos, apresentar desempenho acima do normal em determinado assunto, como matemática por exemplo e, ao mesmo tempo, baixa capacidade de pensamento abstrato.

O diagnóstico e início da intervenção precoce pode ajudar um paciente até mesmo a migrar do autismo para asperger. Isso significa que ele sempre será considerado como portador de algum TEA (Transtorno do Espectro Autista), mas não necessariamente autista.

É como se o transtorno estivesse presente em um grau bem mais leve, que permite a ele desenvolver-se e tornar-se independente para a maioria das atividades. Por isso, é muito importante um acompanhamento psicossocial logo na infância.

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