Pais, precisamos falar sobre dislexia e discalculia

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Blog Pais, precisamos falar sobre dislexia e discalculia

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Dislexia e discalculia são dois transtornos de aprendizado muito diferentes. Em um, a criança apresenta dificuldade em aprender matemática e, no outro, tem problemas com a leitura. Ambos devem ser diagnosticados e tratados com rapidez para não atrapalhar o desempenho escolar.

Os pais devem estar atentos aos sinais desses dois distúrbios e procurar ajuda assim que surgir alguma dúvida. Neste texto, vamos falar um pouco mais sobre dislexia e discalculia, apontando seus principais aspectos e como procurar assistência. Acompanhe!

O que é discalculia?

A discalculia é ocasionada quando uma criança tem certa dificuldade em aprender matemática, com algum bloqueio para adquirir esta habilidade cognitiva. Independentemente de possuir um nível intelectual “normal”, sendo estável emocionalmente e tendo a correta motivação educacional.

Esse transtorno não é ocasionado por deficiências mentais ou auditivas e nem por uma escolarização deficiente. Crianças que apresentam esta dificuldade apenas não são capazes de compreender o que é solicitado nas questões propostas pelo professor e pelos pais.

Operações comuns como soma, subtração, multiplicação e divisão são extremamente complexas. Além disso, esse tipo de criança sente uma imensa dificuldade para conseguir entender alguns aspectos como quantidade, espaço, distância e tamanho.

O que é dislexia?

dislexia está relacionada à dificuldade de compreender o que se está lendo. É um transtorno do aprendizado muito mais comum em meninos do que em meninas. A criança apresenta problemas na hora de realizar associações grafema-fonema e, portanto, não consegue decifrar as palavras, não conseguindo imputar sentido àquilo que está lendo.

O disléxico tem uma maior complicação com a área verbal, ou seja, com a linguagem escrita e oral — já a linguagem não verbal, simbólica, tende a ser melhor compreendida. Além disso, é difícil para a criança diferenciar letras como “b” e “d”, “u” e “v” e “p” e “b”, e ela também tem problemas com a memória de trabalho, não conseguindo entender frases grandes, já que é necessário relembrar as palavras que foram lidas.

Esse transtorno predomina em torno de 6-7% da população infantil e sua causa depende de diversos fatores. Acredita-se que ela possa estar associada à síndrome de Down e à síndrome de Klinefelter, mas, além disso, é preciso pesquisar problemas auditivos.

Como perceber e quem devo procurar?

Primeiramente, é preciso descartar a possibilidade da criança ter algum tipo de retardo mental, já que as duas doenças não estão associadas a esse tipo de problema. Além disso, situações de grande desgaste emocional, como mudança de escola, pais recentemente divorciados e a perda de um ente querido podem mimetizar a doença.

Os pais também precisam levar em conta os fatores ambientais, como pouca motivação escolar, ensino de pouca qualidade, baixo nível socioeconômico e o ambiente em que seu filho estuda e vive. É importante salientar que o baixo desempenho escolar não acompanha o nível de inteligência da criança, ou seja, ela vai mal na escola, mas é tão inteligente quanto as outras.

A família deve procurar um psicopedagogo que, em parceria com a escola e familiares, vai encontrar o melhor processo de aprendizado para a criança. A melhora da autoestima e a valorização das realizações também são muito importantes durante o tratamento.

É importante ficar atento ao desempenho escolar do seu filho, já que quanto mais cedo são diagnosticados esses distúrbios, menores são os problemas escolares, de autoestima e socialização da criança. Sempre lembrando que dislexia e discalculia não representam em nenhum aspecto um retardo mental.

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