Tratamento para transtornos mentais: qual o melhor caminho?

Blog

Blog Tratamento para transtornos mentais: qual o melhor caminho?

Comments (0) / 14 de dezembro de 2017 /

Por envolver questões emocionais, o melhor tratamento para transtornos mentais raramente se limita à medicação. Com uma incidência significativa na população, os problemas de saúde mental são múltiplos e, muitas vezes, ocorrem simultaneamente, o que exige cuidados específicos em cada caso. Assim, o diagnóstico e a orientação devem ser feitos sempre por um especialista de confiança.

Neste post, destacamos alguns os transtornos mentais mais comuns e os seus tratamentos possíveis. Confira!

Alcoolismo, tabagismo e outras dependências

Surpreendeu-se por ver esses vícios nesta lista? Você não é o único. Apesar de serem pouco reconhecidos como transtornos mentais, o alcoolismo e outros vícios, como os relacionados ao abuso de substâncias químicas, são condições graves que trazem não apenas sofrimento psíquico como sintomas físicos. Atingem usuários e também familiares.

O tratamento de toxicodependências é complexo e pode demandar internamento em uma unidade para desintoxicação, pois os sintomas da abstinência incluem alucinações, agitação e confusão.

Outra possibilidade para quem sofre com os vícios é a terapia cognitivo-comportamental.  O foco do tratamento é ajudar o indivíduo a perceber as suas motivações para o uso abusivo dessas substâncias e ainda estimular mudanças de hábitos. No entanto, para que essa terapia tenha efeito, é imprescindível o comprometimento do alcoólatra ou dependente.

Depressão

Os transtornos depressivos podem variar quanto ao grau de intensidade, mas em um ponto são constante: a sensação de vazio e de profunda tristeza. Além de apresentar apatia, desmotivação e pensamento lento, a pessoa que sofre com depressão costuma ter sentimentos de inferioridade e, em casos mais graves, pode até manifestar pensamentos suicidas.

Além de necessitar da administração de medicamentos, uma condição depressiva pede que a vítima passe por  consultas com psicólogos e psiquiatras. Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) são a medicação mais usual. No entanto, outros antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos podem ser utilizados. O tratamento vai depender do quadro e da resposta do paciente, já que cada organismo reage de forma diferente aos fármacos.

Transtornos de ansiedade

Ainda que a ansiedade seja uma resposta natural do corpo humano aos momentos de expectativa, quando ela se torna intensa a ponto de afetar a vida do indivíduo, há grande possibilidade desse estado ansioso se tornar algum Transtorno de Ansiedade, como a síndrome do pânico, as fobias e o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

O tratamento inclui acompanhamento psiquiátrico, assim como medicamentos para aliviar os sintomas, que incluem palpitações, suor, irritabilidade, falta de ar, boca seca, náuseas e diarreia. Pessoas com transtorno do pânico também apresentam medos agudos e intensos, desconforto extremo, sensação de asfixia e tremores.

Nos momentos de crise, práticas aprendidas em terapias cognitivo-comportamentais, como exercícios de respiração e mentalizações podem auxiliar o ansioso a controlar o seu estado emocional. Todavia, para que haja uma melhora significativa, uma assistência psicológica contínua é requerida.

Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC)

Mais do que uma mania por limpeza (que é o sintoma mais comum), o TOC é caracterizado pela presença de obsessões — pensamentos persistentes e indesejados — e compulsões — comportamentos repetitivos em que a pessoa se sente obrigada a realizar por causa desses impulsos obsessivos.

Entre os rituais mais comuns, estão atitudes de organização e higiene, como lavar as mãos e limpar objetos. No entanto, esses hábitos rígidos costumam ocasionar intenso sofrimento, já que consomem muito tempo das pessoas com TOC e afetam suas atividades diárias.

O tratamento é realizado por uma combinação de acompanhamento psicológico e drogas que atuam sobre o sistema nervoso para diminuir os sintomas. Grupos de apoio e terapias de dessensibilização — em que há uma exposição controlada aos receios do paciente — também podem ajudar a pessoa a sentir menos os efeitos dessa condição.

Transtorno bipolar

Para que alguém seja identificado com bipolaridade, devem existir episódios recorrentes de alterações de humor. Diferente do depressivo, quem sofre com transtorno bipolar tem não só momentos de falta de motivação e desesperança, mas também ocasiões de picos de energia com situações de euforia ou irritação.

Determinar o transtorno pode não ser tão simples devido a essas oscilações, dado que uma elevação de humor pode ser confundida com uma melhora da doença. No entanto, mesmo o período mais energético pode ser prejudicial à pessoa, já que a fase de mania leva o bipolar a realizar ações impulsivas e arriscadas.

O tratamento do transtorno bipolar consiste em controlar os episódios de depressão e mania, em busca da estabilização do humor do paciente. Uma medicação muito usada para reduzir as alterações de humor é o lítio. Contudo, só um psiquiatra deve determinar qual o melhor remédio para cada caso, já que além dos estabilizadores de humor, pode haver necessidade da prescrição de antipsicóticos e antidepressivos. Terapias, incluindo a ocupacional, também são indicadas.

Deficit de Atenção

Um distúrbio psiquiátrico que afeta o desenvolvimento da criança, o Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH) causa desatenção, impulsividade e agitação motora.

tratamento do TDAH é multimodal, ou seja, inclui profissionais de diversas áreas como  psicologia, psicopedagogia, psiquiatria, neuropsicologia e fonoaudiologia. É importante buscar ajuda de profissionais porque o transtorno costuma afetar a atenção, a memória, a percepção, a linguagem e algumas capacidades de execução do hiperativo.

Além de medicação — como a Ritalina, mudanças na rotina da criança e acompanhamento para reabilitação são recomendados. A intenção é que a pessoa com essa condição aprenda a lidar com os sintomas e consiga controlar melhor os seus impulsos.

Transtorno alimentar

Outro problema comum é os distúrbios relacionados à alimentação, como a anorexia, a bulimia e o transtorno de compulsão alimentar. Entre os hábitos prejudiciais de pessoas que sofrem com problemas desse tipo estão as dietas restritivas, a ingestão descontrolada de alimentos, o uso de laxantes e o costume de provocar vômitos.

Se não observadas, as desordens alimentares podem, até mesmo, levar ao óbito. Por isso, podem ser necessários tratamentos hospitalares para cuidar das consequências provocadas por esses distúrbios no organismo do paciente.

Além disso, psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico são indicados. Terapias de família ou em grupo são alternativas para ajudar a pessoa a estabelecer vínculos e ter uma relação mais positiva com a comida e o hábito de se alimentar. Em alguns casos, pessoas com transtornos alimentares também apresentam depressão, o que requer o uso de antidepressivos.

Esses são apenas alguns transtornos mentais e seus possíveis tratamentos, mas só um profissional qualificado pode estabelecer um diagnóstico e determinar qual a melhor intervenção terapêutica para cada caso. A orientação adequada deve ser feita por um especialista de sua confiança. 

Está em busca de tratamento para transtornos mentais? Então, entre em contato com o Núcleo Paulista de Psicologia Aplicada! O foco do nosso Centro de Referência em Saúde Mental é ajudar os nossos clientes a ter uma qualidade de vida melhor!

 

Comments are closed.