O que é mindfulness e quais seus benefícios na psicoterapia?

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A meditação, apesar de ter raízes em grandes tradições religiosas como hinduísmo e o budismo, tem se tornado cada vez mais uma experiência independente de crenças.

Com o objetivo de promover uma transformação pessoal, a prática da meditação teve grande influência no mindfulness, uma técnica que proporciona uma série de benefícios que envolvem a melhora da qualidade de vida, das relações interpessoais e de transtornos como depressão, ansiedade e o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Saiba o que é mindfulness e quais são seus benefícios na psicoterapia:

O que é mindfulness?

Mindfulness é um treino de atenção plena, que permite que você esteja em estado de atenção natural, focado, presente e ciente, com o objetivo de manter o discernimento diante dos fatos, não importa quais sejam.

Esse termo é derivado de um elemento essencial da prática budista. Cada vez mais presente no mundo ocidental, a prática do mindfulness atua na melhoria de condições físicas e mentais, como a depressão, a ansiedade e até na dificuldade de aprendizagem.

Essa prática se tornou popular no mundo inteiro por ser um método de excelência que nos ensina a lidar com as emoções, especialmente após a neurociência comprovar que é uma técnica capaz de causar alterações estruturais e funcionais no cérebro.

O mindfulness esvazia a mente?

Não, isso se trata de crença popular. O mindfulness permite que você consiga dedicar todo o seu foco e atenção ao presente, sem julgamentos ou juízo de valores, desapegando dos detalhes do passado – que poderiam agravar um quadro de depressão – ou de ficar se imaginando no futuro – o que poderia levar à ansiedade.

Além disso, o mindfulness é uma importante ferramenta que auxilia no processo psicoterápico, pois atua na regulação das emoções e na aquisição de habilidades inter-relacionais e sociais.

Quais são seus benefícios na psicoterapia?

Sendo um treino de atenção plena, o mindfulness baseia-se na conexão mente-corpo, ajudando quem o pratica a observar os padrões de seus pensamentos e emoções, assim como as experiências, independentemente de terem sido boas, negativas ou neutras.

A partir do momento em que você consegue observar esses padrões, a forma como você faz a gestão deles ou reage passa a ser diferente, e você ganha uma ferramenta que o mantém física e emocionalmente saudável.

Por terem em comum a validade científica, o mindfulness e a psicoterapia se uniram na construção de uma ferramenta que promove a redução de transtornos psicológicos. Ambas as práticas partem do princípio de que a interpretação que cada um faz das situações vivenciadas é um ponto que irá influenciar na maneira como agiremos a respeito de algum assunto ou situação no futuro.

Dessa forma, o mindfulness na psicoterapia busca trazer à consciência a noção de que tanto os sentimentos quanto os pensamentos podem surgir e desaparecer naturalmente, sem a necessidade de artifícios. Isso ocorre também sem desencadear ainda mais pensamentos ou sentimentos promovidos por apego, perda ou aversão ao que ocorreu.

A ciência confirma os benefícios do mindfulness

Cientistas da Faculdade de Medicina de Harvard realizaram um estudo com a prática do mindfulness que apresentou a melhora da memória de idosos saudáveis que adotavam o treino de atenção plena.

Outro grupo de cientistas, dessa vez da Universidade de Wisconsin, notou um aumento na quantidade de anticorpos em pessoas que praticavam mindfulness. Já o Hospital de Massachussetts, com o uso de imagens de ressonância magnética, observou que a técnica do mindfulness aumenta as espessuras do córtex pré-frontal e da ínsula direita, áreas ligadas à maneira como planejamos os comportamentos cognitivos complexos e às sensações corporais e emoções, respectivamente.

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Comments (2) / 22 de março de 2017 /

Memórias: classificação do ponto de vista da neurociência

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Quem nunca se perguntou como funcionam as nossas lembranças? Como se processam e se dividem os conhecimentos? Como podemos distinguir informações sem se perder nesse meio tão complexo? Ou ainda, como nunca esquecemos de algumas coisas enquanto outras vêm e vão com facilidade? 

De forma geral a resposta está na memória, ou melhor, nas memórias. isso porque os processos de aprendizagem acontecem de forma diferente e a classificação das memórias pode explicar essas diferenças. 

Memória e aprendizado 

Memória e aprendizado são conceitos intimamente ligados. O processo de aprendizagem só se torna possível por causa da memória. Sem a possibilidade de guardar o que apreendemos a segundos ou a anos, não seria possível dar continuidade ao aprendizado sem a necessidade de sempre recomeçar. Somente a partir de conhecimentos fixados e lembrados é que é possível dar continuidade à aprendizagem. 

Tanto memória como o aprendizado formam a base para a aquisição de conhecimentos e habilidades, sendo que as memórias são responsáveis pelo primeiro contato e o aprendizado é a retenção dessas memórias e a capacidade de repetir de forma automatizada. 

Crianças com dificuldades de aprendizado precisam de acompanhamento profissional para descobrir a causa do problema e o melhor tratamento.

Memórias a curto e longo prazo

A memória de curto prazo armazena as lembranças por um pequeno período de tempo. Isso acontece desde o primeiro segundo do acontecimento até, mais ou menos, seis horas. A partir desse tempo a memória de longo prazo é formulada e passa a guardar a informação por um período mais longo, podendo chegar a várias semanas ou meses. As memórias de longo prazo são divididas em memórias declarativas e não declarativas.

Memórias declarativas e não declarativas

As memórias declarativas são processadas de forma consciente pelo indivíduo e se dividem em episódica e semântica. A memória episódica está ligada a lembranças relacionadas num tempo ou lugar bem definidos. Já a memória semântica se refere aos conhecimentos do mundo e da linguagem de referência como nomes de lugares, descrição de objetos etc. Lembra do passado e utiliza essas lembranças para pensar e organizar o futuro.

A memória não declarativa são lembranças em que não há necessidade de pensar, a ação é natural. Para se chegar a uma memória não declarativa é necessário passar, em qualquer tempo, por uma memória declarativa, o que torna as duas muito importantes no processo aprendizagem. Para entender melhor a memória não declarativa imagine as habilidades adquiridas durante a vida, como o aprendizado de idiomas, andar de bicicleta, praticar esportes, dirigir, entre outras. 

Memória operacional

A memória operacional, também chamada de memória de trabalho, é aquela que mais temos consciência da utilização na nossa rotina. Ela é a responsável pelos processos cognitivos através da união de diversas memórias e manipula as informações para se chegar ao resultado desejado. Isso inclui processos de cálculo, fala, leitura e planejamento. O aspecto principal da memória operacional é a temporalidade e a capacidade de se manter a atenção, pois vários conhecimentos podem ser exigidos ao mesmo tempo e eles deverão ser codificados para trazer a resposta de forma precisa. 

Para a neuropsicologia, um indicador de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, especialmente em crianças, é a incapacidade de se manter concentrada, o que prejudica o funcionamento da memória de trabalho.

Pense no seguinte: Um cálculo matemático realizado mentalmente exige que se imagine o número, realize mentalmente a fórmula matemática e chegue ao resultado. Tudo deve ser fixado na mente até o processo ser concluído. Uma criança com déficit de atenção não conseguirá manter essas informações e não chegará ao resultado. Se a memória operacional não funciona bem fica complicado fixar novos aprendizados.

O tratamento dessa dificuldade de aprendizagem, na maioria dos casos, exige uma equipe multidisciplinar para entender as verdadeiras causas e soluções do problema.

Utilizar a classificação das memórias para entender como se processa o aprendizado na mente humana é fundamental. Só é possível aprender algo se existir a capacidade de armazenar esse conhecimento.  Por isso que uma pessoa com problemas de dislexia ou concentração poderá ter um déficit de aprendizagem. Reconhecer qualquer transtorno de memória é importante para tratar o problema de forma mais assertiva.

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O que é Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)?

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A ansiedade é uma resposta normal frente a situações de expectativa, podendo, inclusive, servir de auxílio para enfrentar os desafios que surgem no dia a dia de crianças e adultos. Porém, quando este estado ansioso se torna mais intenso e constante, influenciando de forma negativa as relações pessoais e profissionais do indivíduo, a simples ansiedade pode ter evoluído para algum Transtorno de Ansiedade. Dentre os transtornos mais comuns estão o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), a Síndrome do Pânico, o Transtorno Bipolar, as Fobias, entre outros.

Conhecer alguns dos sintomas destes transtornos permite identificar, com maior clareza, quando um problema se torna um transtorno, e qual é o melhor momento de buscar o atendimento psicológico ou psiquiátrico. Entendendo como essas dificuldades emocionais e afetivas são geradas e nutridas é possível, através de uma avaliação multidisciplinar, atender cada caso na sua particularidade. 

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

Alguns fatores como a personalidade, a genética e o abuso de álcool ou drogas podem favorecer o aparecimento do TAG, mas nem todas as pessoas expostas a esses fatores vão, necessariamente, apresentar o transtorno, já que ele está diretamente ligado a forma como a pessoa lida com as situações do cotidiano.

Os principais sintomas do TAG são preocupações, tensões e medos, intensos, desproporcionais e constantes, geralmente relacionados a coisas banais e rotineiras. Mesmo a pessoa tendo consciência do exagero de sua reação, ela não consegue controlá-la gerando além do sofrimento psíquico, sintomas físicos como mãos frias, suor excessivo, boca seca, tensão muscular e problemas digestivos. O TAG ainda pode levar a quadros de inquietação, falta de concentração, irritação constante, insônia e falta de disposição, entre outros.

A Síndrome do Pânico

Diferentemente do TAG que é uma ansiedade generalizada e constante, uma pessoa com síndrome do pânico enfrenta crises agudas de ansiedade, medo e descontrole. Essas crises ainda são acompanhadas de taquicardia, falta de ar, dor no peito, formigamento, tremores, náuseas, calafrios, sudorese, vertigens, entre outros, o que torna ainda mais real a sensação que a pessoa está morrendo ou perdendo o controle de si mesma.

As Fobias

As fobias são caracterizadas por situações de ansiedade e medo pontuais, que levam a um comportamento instintivo de fuga do objeto ou situação que causou a fobia. Os tipos mais comuns são a fobia social, fobia com animais, com altura, com lugares fechados ou pequenos. Aqui, novamente, a pessoa pode ter consciência de que seus receios são excessivos, mas não consegue controlá-los e esse mecanismo de proteção da fuga acaba interferindo significativamente na sua rotina. Em casos extremos, a fobia pode, inclusive, desencadear uma crise de pânico.

O Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar é caracterizado pela oscilação de períodos de intensa euforia e períodos de depressão. Os sintomas, durante a fase maníaca (eufórica), são o comportamento hiperativo, a falta de concentração, o consumismo exacerbado e a autoestima elevada. Já na fase depressiva o indivíduo vive uma profunda tristeza, desânimo e sem interesse nas atividades que gostava de realizar. O risco de suicídio, nessa fase, não pode ser descartado.

Dada a diversidade e a semelhança dos sintomas, é fundamental perceber que a complexidade dos transtornos mentais, prescinde de um acompanhamento especializado para minimizar os prejuízos sociais e afetivos do indivíduo. Somente através de um diagnóstico diferencial – feito por meio de testes e avaliações neuropsicológicas – é possível diagnosticar com precisão o transtorno específico ou as comorbidades – quando há coexistência de mais de um transtorno – e definir qual a melhor abordagem para o tratamento. Lembre-se que quanto mais cedo o tratamento for iniciado, mais rápido será o processo de autoconhecimento e amadurecimento que levará a uma vida mais equilibrada.

E você, conhece alguém que sofra de transtorno de ansiedade generalizada, ou de algum outro transtorno? Nos comentários conte para nós a sua experiência!

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Quais são os transtornos mentais mais comuns?

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Os transtornos mentais têm uma considerável incidência na população mundial, mas, mesmo assim, não é sempre que conseguimos identificá-los com facilidade. Afinal, são várias as características que, em conjunto, podem determinar um transtorno, sendo necessário o olhar apurado de um profissional da área para determinar o problema.

No entanto, as primeiras análises podem ser feitas por qualquer um, já que, geralmente, é a família ou as pessoas do próprio convívio social que percebem algo de diferente no comportamento de um indivíduo debilitado.

Portanto, é extremamente importante que se tenha conhecimento dos principais transtornos mentais que afetam as pessoas nos dias de hoje, como os que falaremos a seguir. Confira!

Transtorno de ansiedade

Algo muito normal nos dias de hoje, com tantas tarefas e responsabilidades, é desenvolvermos aquilo que chamamos de estresse. Ficarmos nervosos e ansiosos perante as mais diversas situações e incertezas da vida, o que é, de fato, algo natural.

No entanto, quando esse quadro se agrava por muito tempo e a tal nível que passa a interferir profundamente na vida de uma pessoa, pode ser indício de que a ansiedade transformou-se em um transtorno. Uma pessoa com transtorno de ansiedade é extremamente insegura, sente-se desesperada e aflita nas situações mais comuns do cotidiano e passa a enfrentar problemas de relacionamento e na família – com o passar do tempo.

Transtorno da bipolaridade

O transtorno de bipolaridade consiste na mudança súbita no humor do indivíduo, apresentando, consequentemente, mudanças exageradas de comportamento.

Ora a pessoa fica triste, ora fica feliz. Ora fica desanimada, ora fica enérgica. Os ciclos de transtorno podem durar dias, semanas ou meses, dependendo do estado emocional presente, exigindo muita paciência por parte dos familiares ou pelos amigos do convívio social.

Depressão

A depressão é o transtorno mental mais comum enfrentado atualmente. Estima-se que um adulto passe por um momento de depressão pelo menos uma vez em sua vida. 

Ela costuma estar associada aos transtornos de ansiedade e é caracterizada por provocar um sentimento profundo de tristeza e desamparo, combinado à uma sensação de impotência e incapacidade perante a situação.

Transtorno desafiador opositor

O transtorno desafiador opositor costuma aparecer nas primeiras etapas da vida de um indivíduo, mais especificamente na infância. A criança que possui esse transtorno não respeita nem obedece às figuras de autoridade, como pais ou professores, criando um sentimento de vingança e ódio perante essas pessoas.

Vícios e dependências

Poucas pessoas sabem, mas os vícios e dependências também são caracterizados como transtornos mentais. Ter um hobby ou gostar muito de realizar determinada atividade, é absolutamente normal e faz parte da natureza humana.

No entanto, quando essas atitudes passam a dominar o indivíduo de forma que ele não consiga mais ter noção de limites, provavelmente ele está dependente e viciado. Os vícios podem estar associados com químicos (como o uso de drogas) ou até psicológicos.

Síndrome de Bornout

“Bornout” vem do inglês e é uma junção de “burn” (queimar) e “out” (fora). Em outras palavras, trata-se de uma extravagância em situações desesperadoras e sufocantes, principalmente quando relacionadas às condições do ambiente de trabalho.

Nela, o indivíduo sente-se pressionado ao limite no ambiente em que exerce sua profissão, seja por auto cobrança, por desgaste intenso ou por exigências. Profissionais como advogados, professores e atuantes na área da saúde são mais propícios a desenvolver o transtorno.

Tratamentos para os transtornos mentais

Identificar os transtornos mentais é o primeiro passo em busca de uma possível solução do problema, porém, nem tudo está nas mãos da família e dos amigos.

A melhor forma de escolher um tratamento eficaz, em qualquer caso, é a consulta a um profissional da área, como um psicólogo ou um psiquiatra. Somente ele poderá diagnosticar corretamente o problema e, a partir de suas análises, verificar qual o melhor caminho a ser tomado.

Os transtornos mentais são muito comuns e não é de hoje que eles estão presentes na população. É importante verificarmos os sintomas e características o mais cedo possível, de forma que o profissional da área, ao combinar neurociência e neuropsicologia, possa resolver o problema com rapidez e eficácia.

Mas e você, leitor? Já conhecia os transtornos mentais mais comuns? Então deixe sua opinião nos comentários. Ela é muito importante para nós!

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Comments (3) / 22 de março de 2017 /

Por que dormir bem ajuda no aprendizado ?

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Em algum momento da vida você ouviu que a qualidade do sono contribui para o crescimento? Pois bem. Uma pesquisa recente, publicada na revista científica Science, revela que dormir ajuda no aprendizado, através da consolidação dos conhecimentos ao longo do dia.

E mais: os famosos “cochilos” ou dormidas rápidas, tão comuns após o almoço, se mostram bastante eficazes para aprender. É o que diz outro estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Mas como funciona o aprendizado? Quais são suas etapas e como se comporta cada uma delas?

Etapas do aprendizado

1) Inconscientemente Incompetente

É a primeira etapa do processo, portanto, você pode considerar que não sabe absolutamente nada sobre determinado assunto. Vamos supor que você pretende ser um astronauta, mas não tem a menor ideia de como é o trabalho dele e também desconhece o quanto você não sabe sobre este tema. Passado algum tempo, vamos dizer que você se interessou pela profissão e aí, sim, passa a segunda etapa do aprendizado.

2) Conscientemente Incompetente

Depois de se informar sobre um determinado assunto de seu interesse, vai perceber o quanto não sabe sobre ele e passar a ter consciência do quão “incompetente” (sem ofensas) você é sobre como trabalha um astronauta. Caso seu interesse sobre esse determinado assunto seja grande, você vai estudar, vai procurar especialistas no ramo e se matricula em algum curso na área. Aí você passa para a terceira etapa do processo.

3) Conscientemente Competente

Após se informar e ingressar em um curso ou algo similar, você pode dizer que adquiriu um certo domínio sobre o tema, conversou com pessoal especializado, estudou fora, por exemplo, ciências aeronáuticas, e é considerado apto e consciente de que pode avançar na profissão, isto é, você tem consciência de suas competências e habilidades. A partir daqui, você pode ser contratado por um centro de estudos astronômicos e, posteriormente, passar à quarta e última etapa do processo de aprendizado.

4) Inconscientemente Competente

Nesta etapa, você já tem histórias para contar sobre o espaço e sobre o treinamento que fez. Sabe todos os comando de uma aeronave espacial e se prestou a várias simulações. Tem tanto conhecimento na área que ser um astronauta é como se você fosse um motorista de carro comercial, ou seja, para você é automático e inconsciente de tanto conhecimento que adquiriu. Na última fase do processo de aprendizado, você já nem sabe o quanto sabe sobre ser astronauta.

Veja como dormir ajuda no aprendizado

Terminadas as fases do processo de aprendizado, é importante ressaltar que um sono de qualidade é fundamental especialmente para alguém que precisa de aprender coisas novas todos os dias, como, por exemplo, um estudante do ensino médio ou alguém que fará um concurso. São vários os benefícios de uma boa noite de sono. Vamos a eles!

Melhora do rendimento cerebral

Dormir bem – entre 8 e 12 horas, segundo especialistas – auxilia os neurônios a formar conexões específicas responsáveis por fixar a memória recente. É durante o sono que as células cerebrais trabalham, formando novas memórias e fortalecendo as informações que foram apreendidas anteriormente.

Maior disposição no dia seguinte

Você já percebeu que quando dormimos mal, perdemos a concentração e a disposição? É que durante o sono, nosso cérebro não desliga, como muitos pessoas pensam. Ele trabalha na estruturação de todos os estímulos e emoções que ocorreram durante o dia. Se dormimos mal, ficamos sonolentos e não conseguimos focar nossa atenção. Sendo assim, dormir bem ajuda a aumentar a função cognitiva e a capacidade de concentração do cérebro.

Aumento da criatividade e rapidez

Pessoas que têm uma vida equilibrada e descansam durante as horas necessárias desempenham atividades mais rapidamente, além de aguçar a criatividade. Isso ocorre porque ao dormir bem, produzimos proteínas extras que estimulam o processo criativo. Até mesmo uma soneca de 30 minutos pode ter efeito reparador, ao aumentar a produtividade e melhorar nosso humor.

Então, viu como dormir ajuda no aprendizado? Você gostou desse artigo? Comente em nosso post e boas horas de sono! 

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Comments (0) / 22 de março de 2017 /

O que é Transtorno do Espectro Autista?

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Quando as crianças possuem um comportamento diferenciado, que afeta as relações sociais, as habilidades sensoriais, a comunicação e o aprendizado, a família começa a se preocupar que ela possa ter algum transtorno, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Este transtorno está relacionado ao neurodesenvolvimento infantil e, embora nem todos os problemas comportamentais indiquem que a criança é autista, é importante conhecer alguns dos indicadores para encaminhá-la a um neuropsicólogo. Confira no texto de hoje informações sobre o transtorno que podem ser importantes para te ajudar nessa tarefa!

Percebendo os sinais

A criança que possui o Transtorno do Espectro Autista tem alguns comportamentos que na primeira infância acabam sendo confundidos com mau comportamento, birra e podem até ser ignorados. No entanto, quando começam a ficar mais velhas, a diferença comportamental começa a ficar mais nítida e é possível notar algumas dificuldades e reações, como as que serão citadas.

Choro e agressividade

O choro frequente, muitas vezes dito como “sem motivo”, pode na verdade ser uma forma da criança expressar seus sentimentos ou reagir a um barulho ou situação que tenha lhe causado medo.

Além disso, as pessoas com autismo costumam aderir a uma rotina e realizá-la sempre da mesma forma, até com comportamentos repetitivos. Quando colocadas diante de novas situações, costumam sentir-se acuadas, podendo reagir por meio do choro ou da agressividade.

Dificuldade na interação social

As crianças autistas normalmente brincam sozinhas, o que leva gradativamente ao isolamento, já que as outras crianças podem parar de tentar manter um contato social. Esse fato acaba sendo agravado porque as crianças autistas iniciam ou mantém um diálogo.

Elas também não costumam compartilhar interesses, nem acontecimentos cotidianos, o que acaba causando a dificuldade em fazer amizades. Por isso, é importante que a escola e a família se unam para amenizar os prejuízos sociais para a criança, tanto no ambiente escolar, quanto em sua própria casa.

Comunicação prejudicada

É comum que autistas não mantenham o contato visual, nem consigam compreender as informações que transmitimos para nos comunicar por meio de gestos, expressões faciais e outros tipos de linguagens corporais.

A fala também pode ser afetada, no entanto, esse fator varia muito. Algumas crianças conseguem falar sem problemas, outras possuem dificuldades, há ainda aquelas que são incapazes de se comunicar normalmente.

Dificuldade de aprendizagem

Devido as diferenças das funções neuropsicológicas no autismo, as crianças que possuem o transtorno apresentam também dificuldades de aprendizagem. A memória costuma ser uma área afetada, assim como a concentração. Sendo assim, é importante que o diagnóstico seja feito o mais breve possível, para que o professor possa atuar junto com um psicopedagogo, realizando ações que podem ajudar no desenvolvimento da criança na escola.

Transtorno do Espectro Autista: diagnóstico e tratamento

Somente um profissional pode de fato realizar uma avaliação neuropsicológica e diagnosticar o autismo. Embora a notícia de que a criança é autista normalmente acabe impactando muito a família, já existem tratamentos disponíveis que trazem resultados muito satisfatórios.

Um exemplo é a ABA, também conhecida como Análise do Comportamento Aplicada, que é uma abordagem que visa compreender o que causa os comportamentos atípicos e tenta amenizá-los. Ela também observa, explica e analisa as relações dos comportamentos com o ambiente e a aprendizagem.

Vale lembrar que, de acordo com o quadro clínico,o TEA pode ser classificado como: autismo clássico, autismo de alto desempenho e distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação. Cada um deles tem níveis diferentes, portanto, cada caso é analisado separadamente.

Tanto o diagnóstico, quanto o tratamento do Transtorno do Espectro Autista, são extremamente importantes para fazer com que a criança se desenvolva em vários aspectos, tornando-se mais independente e melhorando sua qualidade de vida.

Agora que você já sabe o que é o TEA e como fazer o diagnóstico e o tratamento, entenda também a importância da avaliação neuropsicológica nos dias atuais!

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Comments (0) / 22 de março de 2017 /

Veja os impactos do comprometimento cognitivo no dia a dia

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O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) afeta, sobretudo, idosos que dão sinais de eficiências cognitivas se comparados com indivíduos saudáveis da mesma idade, mas que não apresentam sintomas para serem enquadrados no diagnóstico de demência. Essa doença é considerada por muitos especialistas um estágio intermediário entre as capacidades cognitivas normais e o estado de demência. 

Considera-se que exista uma evolução gradual da deficiência cognitiva dividida em diversos estágios e, no meio dessa escala, está situado o CCL. Neste artigo tratamos de reunir as principais informações sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento dessa doença. 

Sintomas do Comprometimento Cognitivo Leve

O Comprometimento Cognitivo consiste no comprometimento das chamadas funções executivas, que pode interferir, por exemplo, na habilidade de realizar tarefas do dia a dia ou manter a concentração em jogos de tabuleiro.

A diferença entre o CCL e a perda de memória do envelhecimento comum é que nesta última as consequências não são tão severas a ponto de atrapalhar a autonomia do paciente. 

No caso de CCL, a deficiência cognitiva e gradualmente comprometida e caracteriza-se, principalmente, pela pelo agravamento da perda de memória. De acordo com CLEMENTE e RIBEIRO (2008), em alguns casos o comprometimento das funções cognitivas pode ser controlado, em outros, a doença evoluirá para o quadro de demência. 

Diagnóstico do CCL

Desde a década de 1960, diversos termos têm sido utilizados para referir-se ao Comprometimento Cognitivo Leve, mas todos os termos utilizados se referem a um estágio de comprometimento das funções cognitivas que tende a agravar-se constantemente sem tratamento. O CCL pode estar relacionado ao mal de Alzheimer, doenças vasculares, depressão etc. 

Atualmente o CCL é subdividido em dois tipos: o mais conhecido é o tipo amnésico, caracterizado por exercer domínio único sobre a memória do paciente, sem afetar outros aspectos como a afla e a coordenação motora. O segundo tipo, não amnésico é menos conhecido e atua sobre todos os aspectos cognitivos do paciente. O diagnóstico deste último é mais difícil. 

Através de uma conversa com o paciente, o médico, geralmente é capaz de identificar alguma deficiência cognitiva preocupante. As informações fornecidas pelo paciente devem ser confirmadas por um cuidador, amigo ou familiar que tenha uma convivência próxima com o paciente. 

Tratamentos

O diagnóstico errado pode levar a um tratamento também equivocado e, portanto, ineficaz. Por essa razão, é necessário estar atento aos sinais de comprometimento cognitivo e procurar a opinião de mais de um profissional, se necessário.

Quanto aos medicamentos utilizados no tratamento da doença, não existem evidências suficientes de seus efeitos sobre a evolução do CCL para demência. O tratamento mais indicado ainda é a prevenção da doença mediante hábitos de vida saudáveis. 

O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) é uma doença que atinge pessoas da terceira idade e caracteriza-se pela perda de memória gradual, assim como o comprometimento de outras funções como a fala e coordenação motora do paciente.

O diagnóstico e o tratamento corretos são imprescindíveis para a reversão e estagnação da doença. Em alguns casos, entretanto, o CCL inevitavelmente evoluirá para o estado de demência. Nosso artigo sobre Comprometimento Cognitivo Leve foi útil para você? Deixe um comentário neste post. 

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Comments (0) / 22 de março de 2017 /

Por que dormir bem ajuda no aprendizado ?

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Em algum momento da vida você ouviu que a qualidade do sono contribui para o crescimento? Pois bem. Uma pesquisa recente, publicada na revista científica Science, revela que dormir ajuda no aprendizado, através da consolidação dos conhecimentos ao longo do dia.

E mais: os famosos “cochilos” ou dormidas rápidas, tão comuns após o almoço, se mostram bastante eficazes para aprender. É o que diz outro estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Mas como funciona o aprendizado? Quais são suas etapas e como se comporta cada uma delas?

Etapas do aprendizado

1) Inconscientemente Incompetente

É a primeira etapa do processo, portanto, você pode considerar que não sabe absolutamente nada sobre determinado assunto. Vamos supor que você pretende ser um astronauta, mas não tem a menor ideia de como é o trabalho dele e também desconhece o quanto você não sabe sobre este tema. Passado algum tempo, vamos dizer que você se interessou pela profissão e aí, sim, passa a segunda etapa do aprendizado.

2) Conscientemente Incompetente

Depois de se informar sobre um determinado assunto de seu interesse, vai perceber o quanto não sabe sobre ele e passar a ter consciência do quão “incompetente” (sem ofensas) você é sobre como trabalha um astronauta. Caso seu interesse sobre esse determinado assunto seja grande, você vai estudar, vai procurar especialistas no ramo e se matricula em algum curso na área. Aí você passa para a terceira etapa do processo.

3) Conscientemente Competente

Após se informar e ingressar em um curso ou algo similar, você pode dizer que adquiriu um certo domínio sobre o tema, conversou com pessoal especializado, estudou fora, por exemplo, ciências aeronáuticas, e é considerado apto e consciente de que pode avançar na profissão, isto é, você tem consciência de suas competências e habilidades. A partir daqui, você pode ser contratado por um centro de estudos astronômicos e, posteriormente, passar à quarta e última etapa do processo de aprendizado.

4) Inconscientemente Competente

Nesta etapa, você já tem histórias para contar sobre o espaço e sobre o treinamento que fez. Sabe todos os comando de uma aeronave espacial e se prestou a várias simulações. Tem tanto conhecimento na área que ser um astronauta é como se você fosse um motorista de carro comercial, ou seja, para você é automático e inconsciente de tanto conhecimento que adquiriu. Na última fase do processo de aprendizado, você já nem sabe o quanto sabe sobre ser astronauta.

Veja como dormir ajuda no aprendizado

Terminadas as fases do processo de aprendizado, é importante ressaltar que um sono de qualidade é fundamental especialmente para alguém que precisa de aprender coisas novas todos os dias, como, por exemplo, um estudante do ensino médio ou alguém que fará um concurso. São vários os benefícios de uma boa noite de sono. Vamos a eles!

Melhora do rendimento cerebral

Dormir bem – entre 8 e 12 horas, segundo especialistas – auxilia os neurônios a formar conexões específicas responsáveis por fixar a memória recente. É durante o sono que as células cerebrais trabalham, formando novas memórias e fortalecendo as informações que foram apreendidas anteriormente.

Maior disposição no dia seguinte

Você já percebeu que quando dormimos mal, perdemos a concentração e a disposição? É que durante o sono, nosso cérebro não desliga, como muitos pessoas pensam. Ele trabalha na estruturação de todos os estímulos e emoções que ocorreram durante o dia. Se dormimos mal, ficamos sonolentos e não conseguimos focar nossa atenção. Sendo assim, dormir bem ajuda a aumentar a função cognitiva e a capacidade de concentração do cérebro.

Aumento da criatividade e rapidez

Pessoas que têm uma vida equilibrada e descansam durante as horas necessárias desempenham atividades mais rapidamente, além de aguçar a criatividade. Isso ocorre porque ao dormir bem, produzimos proteínas extras que estimulam o processo criativo. Até mesmo uma soneca de 30 minutos pode ter efeito reparador, ao aumentar a produtividade e melhorar nosso humor.

Então, viu como dormir ajuda no aprendizado? Você gostou desse artigo? Comente em nosso post e boas horas de sono!

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Comments (0) / 30 de novembro de 2016 /

Quais são os transtornos mentais mais comuns?

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Os transtornos mentais têm uma considerável incidência na população mundial, mas, mesmo assim, não é sempre que conseguimos identificá-los com facilidade. Afinal, são várias as características que, em conjunto, podem determinar um transtorno, sendo necessário o olhar apurado de um profissional da áreapara determinar o problema.

No entanto, as primeiras análises podem ser feitas por qualquer um, já que, geralmente, é a família ou as pessoas do próprio convívio social que percebem algo de diferente no comportamento de um indivíduo debilitado.

Portanto, é extremamente importante que se tenha conhecimento dos principais transtornos mentais que afetam as pessoas nos dias de hoje, como os que falaremos a seguir. Confira!

Transtorno de ansiedade

Algo muito normal nos dias de hoje, com tantas tarefas e responsabilidades, é desenvolvermos aquilo que chamamos de estresse. Ficarmos nervosos e ansiosos perante as mais diversas situações e incertezas da vida, o que é, de fato, algo natural.

No entanto, quando esse quadro se agrava por muito tempo e a tal nível que passa a interferir profundamente na vida de uma pessoa, pode ser indício de que a ansiedade transformou-se em um transtorno. Uma pessoa com transtorno de ansiedade é extremamente insegura, sente-se desesperada e aflita nas situações mais comuns do cotidiano e passa a enfrentar problemas de relacionamento e na família – com o passar do tempo.

Transtorno da bipolaridade

O transtorno de bipolaridade consiste na mudança súbita no humor do indivíduo, apresentando, consequentemente, mudanças exageradas de comportamento.

Ora a pessoa fica triste, ora fica feliz. Ora fica desanimada, ora fica enérgica. Os ciclos de transtorno podem durar dias, semanas ou meses, dependendo do estado emocional presente, exigindo muita paciência por parte dos familiares ou pelos amigos do convívio social.

Depressão

A depressão é o transtorno mental mais comum enfrentado atualmente. Estima-se que um adulto passe por um momento de depressão pelo menos uma vez em sua vida.

Ela costuma estar associada aos transtornos de ansiedade e é caracterizada por provocar um sentimento profundo de tristeza e desamparo, combinado à uma sensação de impotência e incapacidade perante a situação.

Transtorno desafiador opositor

O transtorno desafiador opositor costuma aparecer nas primeiras etapas da vida de um indivíduo, mais especificamente na infância. A criança que possui esse transtorno não respeita nem obedece às figuras de autoridade, como pais ou professores, criando um sentimento de vingança e ódio perante essas pessoas.

Vícios e dependências

Poucas pessoas sabem, mas os vícios e dependências também são caracterizados como transtornos mentais. Ter um hobby ou gostar muito de realizar determinada atividade, é absolutamente normal e faz parte da natureza humana.

No entanto, quando essas atitudes passam a dominar o indivíduo de forma que ele não consiga mais ter noção de limites, provavelmente ele está dependente e viciado. Os vícios podem estar associados com químicos (como o uso de drogas) ou até psicológicos.

Síndrome de Bornout

“Bornout” vem do inglês e é uma junção de “burn” (queimar) e “out” (fora). Em outras palavras, trata-se de uma extravagância em situações desesperadoras e sufocantes, principalmente quando relacionadas às condições do ambiente de trabalho.

Nela, o indivíduo sente-se pressionado ao limite no ambiente em que exerce sua profissão, seja por auto cobrança, por desgaste intenso ou por exigências. Profissionais como advogados, professores e atuantes na área da saúde são mais propícios a desenvolver o transtorno.

Tratamentos para os transtornos mentais

Identificar os transtornos mentais é o primeiro passo em busca de uma possível solução do problema, porém, nem tudo está nas mãos da família e dos amigos.

A melhor forma de escolher um tratamento eficaz, em qualquer caso, é a consulta a um profissional da área, como um psicólogo ou um psiquiatra. Somente ele poderá diagnosticar corretamente o problema e, a partir de suas análises, verificar qual o melhor caminho a ser tomado.

Os transtornos mentais são muito comuns e não é de hoje que eles estão presentes na população. É importante verificarmos os sintomas e características o mais cedo possível, de forma que o profissional da área, ao combinar neurociência e neuropsicologia, possa resolver o problema com rapidez e eficácia.

Mas e você, leitor? Já conhecia os transtornos mentais mais comuns? Então deixe sua opinião nos comentários. Ela é muito importante para nós!

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O que é Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)?

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A ansiedade é uma resposta normal frente a situações de expectativa, podendo, inclusive, servir de auxílio para enfrentar os desafios que surgem no dia a dia de crianças e adultos. Porém, quando este estado ansioso se torna mais intenso e constante, influenciando de forma negativa as relações pessoais e profissionais do indivíduo, a simples ansiedade pode ter evoluído para algum Transtorno de Ansiedade. Dentre os transtornos mais comuns estão o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), a Síndrome do Pânico, o Transtorno Bipolar, as Fobias, entre outros.

Conhecer alguns dos sintomas destes transtornos permite identificar, com maior clareza, quando um problema se torna um transtorno, e qual é o melhor momento de buscar o atendimento psicológico ou psiquiátrico. Entendendo como essas dificuldades emocionais e afetivas são geradas e nutridas é possível, através de uma avaliação multidisciplinar, atender cada caso na sua particularidade.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

Alguns fatores como a personalidade, a genética e o abuso de álcool ou drogas podem favorecer o aparecimento do TAG, mas nem todas as pessoas expostas a esses fatores vão, necessariamente, apresentar o transtorno, já que ele está diretamente ligado a forma como a pessoa lida com as situações do cotidiano.

Os principais sintomas do TAG são preocupações, tensões e medos, intensos, desproporcionais e constantes, geralmente relacionados a coisas banais e rotineiras. Mesmo a pessoa tendo consciência do exagero de sua reação, ela não consegue controlá-la gerando além do sofrimento psíquico, sintomas físicos como mãos frias, suor excessivo, boca seca, tensão muscular e problemas digestivos. O TAG ainda pode levar a quadros de inquietação, falta de concentração, irritação constante, insônia e falta de disposição, entre outros.

A Síndrome do Pânico

Diferentemente do TAG que é uma ansiedade generalizada e constante, uma pessoa com síndrome do pânico enfrenta crises agudas de ansiedade, medo e descontrole. Essas crises ainda são acompanhadas de taquicardia, falta de ar, dor no peito, formigamento, tremores, náuseas, calafrios, sudorese, vertigens, entre outros, o que torna ainda mais real a sensação que a pessoa está morrendo ou perdendo o controle de si mesma.

As Fobias

As fobias são caracterizadas por situações de ansiedade e medo pontuais, que levam a um comportamento instintivo de fuga do objeto ou situação que causou a fobia. Os tipos mais comuns são a fobia social, fobia com animais, com altura, com lugares fechados ou pequenos. Aqui, novamente, a pessoa pode ter consciência de que seus receios são excessivos, mas não consegue controlá-los e esse mecanismo de proteção da fuga acaba interferindo significativamente na sua rotina. Em casos extremos, a fobia pode, inclusive, desencadear uma crise de pânico.

O Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar é caracterizado pela oscilação de períodos de intensa euforia e períodos de depressão. Os sintomas, durante a fase maníaca (eufórica), são o comportamento hiperativo, a falta de concentração, o consumismo exacerbado e a autoestima elevada. Já na fase depressiva o indivíduo vive uma profunda tristeza, desânimo e sem interesse nas atividades que gostava de realizar. O risco de suicídio, nessa fase, não pode ser descartado.

Dada a diversidade e a semelhança dos sintomas, é fundamental perceber que a complexidade dos transtornos mentais, prescinde de um acompanhamento especializado para minimizar os prejuízos sociais e afetivos do indivíduo. Somente através de um diagnóstico diferencial – feito por meio de testes e avaliações neuropsicológicas – é possível diagnosticar com precisão o transtorno específico ou as comorbidades – quando há coexistência de mais de um transtorno – e definir qual a melhor abordagem para o tratamento. Lembre-se que quanto mais cedo o tratamento for iniciado, mais rápido será o processo de autoconhecimento e amadurecimento que levará a uma vida mais equilibrada.

E você, conhece alguém que sofra de transtorno de ansiedade generalizada, ou de algum outro transtorno? Nos comentários conte para nós a sua experiência!

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