Memórias: classificação do ponto de vista da neurociência

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Quem nunca se perguntou como funcionam as nossas lembranças? Como se processam e se dividem os conhecimentos? Como podemos distinguir informações sem se perder nesse meio tão complexo? Ou ainda, como nunca esquecemos de algumas coisas enquanto outras vêm e vão com facilidade?

De forma geral a resposta está na memória, ou melhor, nas memórias. isso porque os processos de aprendizagem acontecem de forma diferente e a classificação das memórias pode explicar essas diferenças.

Memória e aprendizado

Memória e aprendizado são conceitos intimamente ligados. O processo de aprendizagem só se torna possível por causa da memória. Sem a possibilidade de guardar o que apreendemos a segundos ou a anos, não seria possível dar continuidade ao aprendizado sem a necessidade de sempre recomeçar. Somente a partir de conhecimentos fixados e lembrados é que é possível dar continuidade à aprendizagem.

Tanto memória como o aprendizado formam a base para a aquisição de conhecimentos e habilidades, sendo que as memórias são responsáveis pelo primeiro contato e o aprendizado é a retenção dessas memórias e a capacidade de repetir de forma automatizada.

Crianças com dificuldades de aprendizado precisam de acompanhamento profissional para descobrir a causa do problema e o melhor tratamento.

Memórias a curto e longo prazo

A memória de curto prazo armazena as lembranças por um pequeno período de tempo. Isso acontece desde o primeiro segundo do acontecimento até, mais ou menos, seis horas. A partir desse tempo a memória de longo prazo é formulada e passa a guardar a informação por um período mais longo, podendo chegar a várias semanas ou meses. As memórias de longo prazo são divididas em memórias declarativas e não declarativas.

Memórias declarativas e não declarativas

As memórias declarativas são processadas de forma consciente pelo indivíduo e se dividem em episódica e semântica. A memória episódica está ligada a lembranças relacionadas num tempo ou lugar bem definidos. Já a memória semântica se refere aos conhecimentos do mundo e da linguagem de referência como nomes de lugares, descrição de objetos etc. Lembra do passado e utiliza essas lembranças para pensar e organizar o futuro.

A memória não declarativa são lembranças em que não há necessidade de pensar, a ação é natural. Para se chegar a uma memória não declarativa é necessário passar, em qualquer tempo, por uma memória declarativa, o que torna as duas muito importantes no processo aprendizagem. Para entender melhor a memória não declarativa imagine as habilidades adquiridas durante a vida, como o aprendizado de idiomas, andar de bicicleta, praticar esportes, dirigir, entre outras.

Memória operacional

A memória operacional, também chamada de memória de trabalho, é aquela que mais temos consciência da utilização na nossa rotina. Ela é a responsável pelos processos cognitivos através da união de diversas memórias e manipula as informações para se chegar ao resultado desejado. Isso inclui processos de cálculo, fala, leitura e planejamento. O aspecto principal da memória operacional é a temporalidade e a capacidade de se manter a atenção, pois vários conhecimentos podem ser exigidos ao mesmo tempo e eles deverão ser codificados para trazer a resposta de forma precisa.

Para a neuropsicologia, um indicador de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, especialmente em crianças, é a incapacidade de se manter concentrada, o que prejudica o funcionamento da memória de trabalho.

Pense no seguinte: Um cálculo matemático realizado mentalmente exige que se imagine o número, realize mentalmente a fórmula matemática e chegue ao resultado. Tudo deve ser fixado na mente até o processo ser concluído. Uma criança com déficit de atenção não conseguirá manter essas informações e não chegará ao resultado. Se a memória operacional não funciona bem fica complicado fixar novos aprendizados.

O tratamento dessa dificuldade de aprendizagem, na maioria dos casos, exige uma equipe multidisciplinarpara entender as verdadeiras causas e soluções do problema.

Utilizar a classificação das memórias para entender como se processa o aprendizado na mente humana é fundamental. Só é possível aprender algo se existir a capacidade de armazenar esse conhecimento.  Por isso que uma pessoa com problemas de dislexia ou concentração poderá ter um déficit de aprendizagem. Reconhecer qualquer transtorno de memória é importante para tratar o problema de forma mais assertiva.

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Comments (0) / 30 de novembro de 2016 /

O que é Transtorno do Espectro Autista?

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Quando as crianças possuem um comportamento diferenciado, que afeta as relações sociais, as habilidades sensoriais, a comunicação e o aprendizado, a família começa a se preocupar que ela possa ter algum transtorno, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Este transtorno está relacionado ao neurodesenvolvimento infantil e, embora nem todos os problemas comportamentais indiquem que a criança é autista, é importante conhecer alguns dos indicadores para encaminhá-la a um neuropsicólogo. Confira no texto de hoje informações sobre o transtorno que podem ser importantes para te ajudar nessa tarefa!

Percebendo os sinais

A criança que possui o Transtorno do Espectro Autista tem alguns comportamentos que na primeira infância acabam sendo confundidos com mau comportamento, birra e podem até ser ignorados. No entanto, quando começam a ficar mais velhas, a diferença comportamental começa a ficar mais nítida e é possível notar algumas dificuldades e reações, como as que serão citadas.

Choro e agressividade

O choro frequente, muitas vezes dito como “sem motivo”, pode na verdade ser uma forma da criança expressar seus sentimentos ou reagir a um barulho ou situação que tenha lhe causado medo.

Além disso, as pessoas com autismo costumam aderir a uma rotina e realizá-la sempre da mesma forma, até com comportamentos repetitivos. Quando colocadas diante de novas situações, costumam sentir-se acuadas, podendo reagir por meio do choro ou da agressividade.

Dificuldade na interação social

As crianças autistas normalmente brincam sozinhas, o que leva gradativamente ao isolamento, já que as outras crianças podem parar de tentar manter um contato social. Esse fato acaba sendo agravado porque as crianças autistas iniciam ou mantém um diálogo.

Elas também não costumam compartilhar interesses, nem acontecimentos cotidianos, o que acaba causando a dificuldade em fazer amizades. Por isso, é importante que a escola e a família se unam para amenizar os prejuízos sociais para a criança, tanto no ambiente escolar, quanto em sua própria casa.

Comunicação prejudicada

É comum que autistas não mantenham o contato visual, nem consigam compreender as informações que transmitimos para nos comunicar por meio de gestos, expressões faciais e outros tipos de linguagens corporais.

A fala também pode ser afetada, no entanto, esse fator varia muito. Algumas crianças conseguem falar sem problemas, outras possuem dificuldades, há ainda aquelas que são incapazes de se comunicar normalmente.

Dificuldade de aprendizagem

Devido as diferenças das funções neuropsicológicas no autismo, as crianças que possuem o transtorno apresentam também dificuldades de aprendizagem. A memória costuma ser uma área afetada, assim como a concentração. Sendo assim, é importante que o diagnóstico seja feito o mais breve possível, para que o professor possa atuar junto com um psicopedagogo, realizando ações que podem ajudar no desenvolvimento da criança na escola.

Transtorno do Espectro Autista: diagnóstico e tratamento

Somente um profissional pode de fato realizar uma avaliação neuropsicológica e diagnosticar o autismo. Embora a notícia de que a criança é autista normalmente acabe impactando muito a família, já existem tratamentos disponíveis que trazem resultados muito satisfatórios.

Um exemplo é a ABA, também conhecida como Análise do Comportamento Aplicada, que é uma abordagem que visa compreender o que causa os comportamentos atípicos e tenta amenizá-los. Ela também observa, explica e analisa as relações dos comportamentos com o ambiente e a aprendizagem.

Vale lembrar que, de acordo com o quadro clínico,o TEA pode ser classificado como: autismo clássico, autismo de alto desempenho e distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação. Cada um deles tem níveis diferentes, portanto, cada caso é analisado separadamente.

Tanto o diagnóstico, quanto o tratamento do Transtorno do Espectro Autista, são extremamente importantes para fazer com que a criança se desenvolva em vários aspectos, tornando-se mais independente e melhorando sua qualidade de vida.

Agora que você já sabe o que é o TEA e como fazer o diagnóstico e o tratamento, entenda também a importância da avaliação neuropsicológica nos dias atuais!

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5 benefícios da terapia ocupacional para tratar transtornos mentais

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Tratar transtornos mentais e neuropsicológicos é uma realidade cada vez mais comum na sociedade atual, em que quase todo mundo já sofreu ou conhece alguém próximo que sofre de depressão, transtorno da memória e da atenção, bulimia, pânico, autismo,  entre outros.

A terapia ocupacional tem sido muito útil no tratamento desses tipos de patologias. Inclusive, o trabalho conjunto com neuropsicólogos, fonoaudiólogos, psicólogos e psiquiatras potencializa a reabilitação contribuindo para a inclusão dessas pessoas na sociedade, possibilitando o cumprindo de suas funções e vivendo com maior qualidade de vida.

Leia o post a seguir e conheça as atividades desempenhadas pelo terapeuta ocupacional e 5 benefícios alcançados com o tratamento.

Função da terapia ocupacional

O papel do terapeuta ocupacional é fundamental no processo de reabilitação, justamente por auxiliar e possibilitar que seus pacientes consigam realizar atividades simples do dia a dia, mas que têm muito valor para sua autonomia e bem-estar.

Normalmente, a incapacidade ou dificuldade em realizá-las, tira o sentido da rotina de muitas pessoas, tornando-as mais propensas ao isolamento social, gerando outros problemas de saúde mental. Nesse sentido, a terapia ocupacional também ajuda a melhorar sua inserção social.

Portanto, uma avaliação neuropsicológica e o tratamento através das técnicas de reabilitação por um profissional qualificado na área servem para diagnosticar limitações físicas, neuropsicólogica e psicológicas, estabelecendo estratégias para aprender ou reaprender atividades importantes de acordo com as necessidades e características de cada paciente.

Indicações

Na verdade, qualquer pessoa que sinta alguma dificuldade em organizar a sua rotina e desempenhar suas tarefas deve buscar ajuda. Contudo, as indicações mais comuns são para:

  • Bebês ou crianças com algum tipo de atraso no desenvolvimento;
  • Idosos, doentes ou não, que necessitam de auxílio para realizar suas atividades e manter uma boa qualidade de vida;
  • Pessoas que necessitam aprender e/ou reaprender a lidar com alguma disfunção;
  • Pessoas com transtornos mentais ou que sofreram algum transtorno neuropsicológico que precisam readquirir autonomia.

No caso dos transtornos mentais, é comum que pessoas com esquizofrenia, dependência química, pânico, ansiedade, fobia social e mesmo a depressão tenham dificuldade em organizar sua vida, manter relações interpessoais satisfatórias e até cuidar de si mesmo.

Atividades desenvolvidas para tratar transtornos mentais

Para tratar transtornos mentais, o terapeuta ocupacional lança mão de uma série de métodos e estratégias para reabilitar o paciente, para que esse possa lidar melhor com suas dificuldades , que refletem na melhoria de sua saúde mental, e não  impeçam sua participação produtiva na sociedade.

Reabilitar ou habilitar suas competências verbais são importantes para o paciente expor os seus sentimentos e emoções, expressar vivências pessoais que possam ter contribuído para o seu afastamento social e conquistar maior autoconhecimento.

Já as atividades motoras ou manuais tratam mais de habilidades cognitivas como raciocínio lógico, coordenação motora, concentração, noção de espaço, memória, entre outras.

Além disso, são trabalhados alguns fatores sociais ligados à própria imagem e aos relacionamentos interpessoais. Um paciente com transtorno bipolar, por exemplo, pode ter dificuldade em se vestir adequadamente, manter sua higiene em dia, lidar com pessoas diferentes, entre outras situações que podem comprometer o seu emprego.

Benefícios da terapia ocupacional

O trabalho de um terapeuta ocupacional é fascinante ao promover maior qualidade de vida para seus pacientes, gerando benefícios como:

1. Autoaceitação

O terapeuta auxilia o paciente a ter mais consciência das suas limitações, sabendo valorizar-se e tolerar suas dificuldades, sempre em busca de melhorias.

2. Autodesenvolvimento

Reabilita ou habilita a pessoa a explorar novas habilidades, superando dificuldades motoras e sensoriais e criando desafios constantes que promovam o seu próprio desenvolvimento.

3. Coordenação motora

O terapeuta ocupacional em parceria com neuropsicólogo auxilia na reabilitação das habilidades cognitivas importantes, adotando exercícios que estimulam o processamento de informações, raciocínio, concentração, memoria, atenção e coordenação para realizar as atividades necessárias.

4. Autocontrole

Ajuda a regular o comportamento do paciente a fim de se adequar melhor aos ambientes, reduzindo estresses e reações indesejadas. Dessa maneira, permite-se um convívio mais saudável com outras pessoas e diferentes situações.

5. Autoconfiança e autoestima

Um dos maiores ganhos da terapia ocupacional é fazer a pessoa entender os seus limites, expressando seus sentimentos e trabalhando as dificuldades. Assim, começa a aprender a gostar de si mesmo e a sentir-se capaz, confiante, atraente e mais feliz.

Aprendeu um pouco mais sobre como tratar transtornos mentais? Não deixe de seguir nossas redes sociais para continuar se informando sobre este e outros assuntos!

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Comments (1) / 30 de novembro de 2016 /

Qual é a diferença entre transtornos e síndromes?

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As palavras “síndrome” e “transtorno” são muito comuns no vocabulário médico quando se quer retratar alguma condição atípica no paciente. Porém, elas possuem significados diferentes e devem ser usadas para explicar distintos tipos de condições patológicas. Mas, afinal, qual a diferença entre transtornos e síndromes?

No post de hoje você poderá conhecer as principais características dessas duas palavras, que traduzem problemas identificados e reconhecidos pela CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) e DSM-4 (Manual Diagnóstico e Estatístico para Transtornos Mentais), assim como o que as diferenciam. Continue a leitura e saiba mais sobre esse assunto!

Síndromes

A síndrome é uma palavra derivada do grego, que significa “con+correr”, o que já sugere sua principal característica, que são várias doenças, sintomas e processos patológicos manifestados no paciente. Esses sintomas e manifestações são independentes de qualquer causa que pode as diferenciar.

Também pode ser chamada de síndrome toda aquela condição patológica que não possui ainda uma causa definida. Um exemplo é a Síndrome de Guillain Barré, que não tem apenas uma causa apontada, mas sim um conjunto de sintomas que a determinam.

Outra síndrome conhecida é a Síndrome de Down, que, apesar de ser ocasionada pela trissomia (aparecimento de três cromossomos ao invés de dois) do cromossomo 21, são inúmeras as causas que levam o indivíduo a essa condição.

Transtornos

O transtorno já é referente a alterações mentais, que afetam a saúde cognitiva, como já sugere sua origem, do latim: “trans+tornare”, ou seja, dar voltas através de algo. O termo é utilizado para determinar qualquer condição psicológica ou mental que cause sofrimento ou comprometimento das ações ou da personalidade.

Alguns tipos comuns de transtorno são mais decorrentes atualmente, apontados como condições mentais causadas por situações do dia a dia, por estresse ou pela pré-disposição do indivíduo a estar sensível em determinadas situações.

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno de ordem neurobiológica reconhecido pela Organização Mundial da Saúde pela CID-10 que apresenta como principais característicasa dificuldade de concentração, esquecimento, agressividade, inquietação, entre outros.

Outro tipo de transtorno recorrente é a Dislexia, um problema crônico que envolve a dificuldade na aprendizagem e no reconhecimento dos signos verbais, sendo comum trocá-los ou não conseguir identificá-los.

Dentre outros transtornos mais comuns, então o Transtorno de Personalidade, Transtorno Bipolar, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), entre outros. Observe que todas as condições citadas acima comprometem a ordem psicológica e mental do indivíduo, sendo essa sua principal diferença com a síndrome.

Tratamentos para transtornos e síndromes

Tanto as síndromes como os transtornos podem ser curados ou tratados, dependendo do grau de intensidade ou do tipo da condição do paciente. Uma síndrome como a de Down ou de Guillain Barré, citadas acima, são patologias causadas por um conjunto de doenças e sintomas, que, portanto, podem não apresentar a cura completa, mas com a ajuda de bons profissionais, é possível seguir a vida normalmente realizando o tratamento adequado.

Alguns transtornos também podem ser tratados com a ajuda de psicólogos, psiquiatras e tratamentos paralelos, como a prática de atividades físicas e de envolvimento social. Os médicos psiquiatras devem avaliar casa caso e ponderar sobre o auxílio de medicação, que pode ser essencial para a conquista da cura.

É muito importante saber diferenciar transtornos e síndromes, já que ambos possuem tratamentos distintos e a procura do profissional ideal pode trazer um tratamento mais eficaz. No caso das síndromes, é comum que o tratamento seja realizado por diversos profissionais em conjunto, já para os transtornos, a consulta a um médico psiquiatra e um psicólogo podem ser eficientes para um bom resultado.

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Comments (5) / 30 de novembro de 2016 /

Veja os impactos do comprometimento cognitivo no dia a dia

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O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) afeta, sobretudo, idosos que dão sinais de eficiências cognitivas se comparados com indivíduos saudáveis da mesma idade, mas que não apresentam sintomas para serem enquadrados no diagnóstico de demência. Essa doença é considerada por muitos especialistas um estágio intermediário entre as capacidades cognitivas normais e o estado de demência.

Considera-se que exista uma evolução gradual da deficiência cognitiva dividida em diversos estágios e, no meio dessa escala, está situado o CCL. Neste artigo tratamos de reunir as principais informações sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento dessa doença.

Sintomas do Comprometimento Cognitivo Leve

O Comprometimento Cognitivo consiste no comprometimento das chamadas funções executivas, que pode interferir, por exemplo, na habilidade de realizar tarefas do dia a dia ou manter a concentração em jogos de tabuleiro.

A diferença entre o CCL e a perda de memória do envelhecimento comum é que nesta última as consequências não são tão severas a ponto de atrapalhar a autonomia do paciente.

No caso de CCL, a deficiência cognitiva e gradualmente comprometida e caracteriza-se, principalmente, pela pelo agravamento da perda de memória. De acordo com CLEMENTE e RIBEIRO (2008), em alguns casos o comprometimento das funções cognitivas pode ser controlado, em outros, a doença evoluirá para o quadro de demência.

Diagnóstico do CCL

Desde a década de 1960, diversos termos têm sido utilizados para referir-se ao Comprometimento Cognitivo Leve, mas todos os termos utilizados se referem a um estágio de comprometimento das funções cognitivas que tende a agravar-se constantemente sem tratamento. O CCL pode estar relacionado ao mal de Alzheimer, doenças vasculares, depressão etc.

Atualmente o CCL é subdividido em dois tipos: o mais conhecido é o tipo amnésico, caracterizado por exercer domínio único sobre a memória do paciente, sem afetar outros aspectos como a afla e a coordenação motora. O segundo tipo, não amnésico é menos conhecido e atua sobre todos os aspectos cognitivos do paciente. O diagnóstico deste último é mais difícil.

Através de uma conversa com o paciente, o médico, geralmente é capaz de identificar alguma deficiência cognitiva preocupante. As informações fornecidas pelo paciente devem ser confirmadas por um cuidador, amigo ou familiar que tenha uma convivência próxima com o paciente.

Tratamentos

O diagnóstico errado pode levar a um tratamento também equivocado e, portanto, ineficaz. Por essa razão, é necessário estar atento aos sinais de comprometimento cognitivo e procurar a opinião de mais de um profissional, se necessário.

Quanto aos medicamentos utilizados no tratamento da doença, não existem evidências suficientes de seus efeitos sobre a evolução do CCL para demência. O tratamento mais indicado ainda é a prevenção da doença mediante hábitos de vida saudáveis.

O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) é uma doença que atinge pessoas da terceira idade e caracteriza-se pela perda de memória gradual, assim como o comprometimento de outras funções como a fala e coordenação motora do paciente.

O diagnóstico e o tratamento corretos são imprescindíveis para a reversão e estagnação da doença. Em alguns casos, entretanto, o CCL inevitavelmente evoluirá para o estado de demência. Nosso artigo sobre Comprometimento Cognitivo Leve foi útil para você? Deixe um comentário neste post.

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Comments (0) / 30 de novembro de 2016 /

Neuropsicologia e a importância da Avaliação do Processo Auditivo Central (PAC)

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A Neuropsicologia é a ciência que estuda as relações entre o sistema nervoso e o comportamento. Este estudo visa, entre outras funções, descobrir e resolver transtornos de aprendizagem, bem como desenvolver estratégias de tratamento. A aprendizagem é constituída em grande parte por processos de ordem neural, que envolve também a área auditiva, pois é dela que o indivíduo recebe os estímulos necessários para o aprendizado. É importante aliar a Neuropsicologia com a Avaliação do Processo Auditivo Central na descoberta de problemas, a fim de realizar os tratamentos necessários. Saiba mais como este processo é feito.

Como a Neuropsicologia pode ser de ajuda em transtornos de aprendizado

Problemas de aprendizagem podem englobar diversos aspectos. O aprendizado envolve processos mentais, daí a importância de, ao observar qualquer problema neste respeito em um indivíduo, verificar se não há qualquer transtorno relacionado com a parte neural e sensorial.

Geralmente, a descoberta de problemas mais comuns no déficit de aprendizado, está relacionada à área auditiva. Indivíduos que possuem distúrbios de audição, podem apresentar uma ou mais das seguintes dificuldades:

  • Problemas psicolinguísticos;
  • Dificuldades para ler e escrever;
  • Desempenho escolar ruim;
  • Comportamento social desordenado;
  • Problemas específicos na audição, referentes à problemas para localizar a fonte sonora, diferenciação de sons, identificação e memória auditiva;
  • Problemas de aprendizagem;
  • Necessidade de ser chamado várias vezes;
  • Não compreende o que foi falado;
  • Solicita a repetição das informações: “O quê? Pode repetir?”
  • Problemas para acompanhar uma conversa ou aula, desatenção;
  • Alterações de pronúncia por não escutar o nome correto;

Estes problemas acarretam um prejuízo importante no desenvolvimento social de crianças e adultos.

A importância da Avaliação do Processo Auditivo Central (PAC) em transtornos de comportamento e aprendizagem

Tendo em vista que a audição é de vital importância no processo de aprendizado, para que problemas nesta área sejam sanados, é preciso uma avaliação da percepção auditiva.

Métodos de avaliação

Para avaliar indivíduos com problemas de dificuldade de aprendizagem, as seguintes habilidades precisam ser testadas:

  • Concentração seletiva: este processo é avaliado através de estímulos verbais na forma de escrita dicótica.
  • Detecção de sons: feito através da audiometria, o indivíduo deve ser capaz de perceber e identificar a presença de sons.
  • Sensação sonora: a pessoa deve saber distinguir se o som está alto ou baixo, forte ou fraco, longo ou curto.
  • Discriminação sonora: avaliação para detectar diferentes estímulos sonoros.
  • Localização: saber de onde vem determinado som, é avaliado através da localização de sons em cinco direções.
  • Reconhecimento: o exame realizado é a logoaudiometria, para o reconhecimento de frases em mensagens.
  • Compreensão: dar significado ao som escutado.
  • Memória: arquivar informações sonoras e lembrar delas, quando necessário. A avaliação é feita utilizando a memória sequencial de sons verbais e não verbais.

Ao intervirem de forma eficaz com quem apresenta distúrbios de aprendizado, dislexia ou desordens do processo auditivo visando à reabilitação deste paciente, a ação irá reduzir o impacto de suas dificuldades e, desta forma, melhorar seu desempenho pessoal e escolar.

Crianças com transtorno de aprendizado, necessitam de uma intervenção psicopedagógica ou fonoaudiológica para dar continuidade aos estudos, e a maioria destes problemas podem ser resolvidos usando métodos baseados na Neuropsicologia e na correta Avaliação do Processo Auditivo Central (PAC). 

E você, que outros métodos tem usado com seus pacientes? Deixe um comentário.

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Comments (0) / 26 de agosto de 2016 /

Como a fonoaudiologia atua em parceria com a neuropsicologia?

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Normalmente, quando falamos em fonoaudiologia, não pensamos em associar essa área à neuropsicologia, não é mesmo? Entretanto, os dois campos do conhecimento estão muito ligados: o profissional fonoaudiólogo pode atuar na prevenção e no tratamento de vários distúrbios que afetam a comunicação e que estão relacionados à cognição e ao funcionamento do nosso cérebro.

O que é a neuropsicologia?

Essa é uma área interdisciplinar e que estuda as relações entre o cérebro e a cognição, analisando as funções neuropsicológicas ao longo da nossa vida, bem como as questões biológicas e também psicossociais.

As funções neuropsicológicas estão relacionadas à atenção, à percepção (táctil, visual e auditiva), à orientação no tempo e no espaço, às funções motoras, ao raciocínio, aos cálculos e às funções executivas – como as relacionadas às atividades de planejamento, organização e inibição.

Como essa é uma área que engloba muitos setores do conhecimento, é normal que ela se utilize de profissionais e de técnicas ligadas à Linguística, Neurociência, Psicologia e Fonoaudiologia.

O que estuda a fonoaudiologia?

Como o próprio nome sugere, a fonoaudiologia é a área de estudo que envolve a prevenção, a avaliação, o diagnóstico, a orientação e a terapia de questões relacionadas à voz, audição, motricidade oral, leitura e escrita.

É o fonoaudiólogo o profissional responsável por tratar de deficiências que englobam a fala, a voz, a audição, a escrita ou a leitura. Por isso, ele é o mais indicado para aquelas pessoas que apresentam:

  • Dificuldades para deglutir alimentos;
  • Problemas relacionados à voz (como rouquidão constante);
  • Perdas auditivas;
  • Distúrbios de leitura e escrita;
  • Problemas de fala (como gagueira, troca de fonemas e “língua presa”);
  • Doenças relacionadas ao envelhecimento (Alzheimer, Parkinson, AVC e outros).

Em alguns casos, é possível que esses problemas não envolvam apenas o nosso sistema fonatório e auditivo, mas também estejam relacionados a deficiências e questões neuropsicológicas – o que necessita de uma avaliação e de um tratamento mais abrangente e multidisciplinar.

Como a comunicação e a neuropsicologia estão integradas?

A comunicação humana é um processo complexo e não envolve apenas estruturas musculares e biológicas, mas também está relacionada a aspectos verbais e não verbais, como a forma que recebemos e processamos o input auditivo, a fala, os gestos, além da leitura e da escrita.

Por isso, dizemos que a cognição está totalmente relacionada à nossa habilidade de nos comunicarmos adequadamente, já que ela envolve sistemas importantes como a percepção, a memória, a atenção e outras funções da linguagem.

Nesse sentido, são muitos os aspectos da comunicação que podem ser afetados por distúrbios cognitivos, comprometendo o desempenho escolar e vocacional, a interação social e a aprendizagem.

Todas essas questões são trabalhadas pelo fonoaudiólogo especialista em neuropsicologia, além de distúrbios que envolvem a memória, a atenção, o processamento auditivo etc.

O que faz um fonoaudiólogo com um olhar voltado para a neuropsicologia?

O profissional com conhecimento específico nessa área está capacitado para  atuar prevenindo, avaliando e tratando distúrbios da comunicação humana que são afetados pelo funcionamento cerebral e pela cognição.

Ou seja, esse profissional é indicado para os casos de alterações ou deficiências comunicativas ocasionadas por quadros psiquiátricos, neurológicos e neuropsicológico como nos casos de pacientes com mal de Alzheimer, déficits de atenção e dificuldades no processamento da linguagem e de cálculos,  bem como no processamento auditivo central (PAC).

Durante a avaliação, o principal objetivo é encontrar e caracterizar associações e dissociações importantes para o diagnóstico e tratamento de casos como suspeitas de dislexia, afasia, transtorno comunicativo, disfonia, transtorno do processamento auditivo e outros que podem estar relacionados a disfunções cognitivas primárias.

Outra atuação do fonoaudiólogo especialista em neuropsicologia é em relação aos problemas otoneurológicos, ou seja, aqueles relacionados aos distúrbios de equilíbrio, que podem ter seus sintomas diminuídos e promover uma melhoria da estabilidade corporal através do tratamento integrado entre os profissionais.

E então, ficou mais fácil compreender a atuação da fonoaudiologia em parceria com a neuropsicologia? Se você gostou desse conteúdo, siga as nossas redes sociais e receba sempre temas atualizados sobre psicologia!

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Comments (3) / 23 de agosto de 2016 /

Vida equilibrada: como a psicologia faz parte do meu dia a dia?

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Todos nós estamos em busca de uma vida equilibrada. Quem assistiu ao filme ou leu o livro “Comer, Rezar, Amar” vai se recordar de que a autora, Liz Gilbert, entra numa jornada de autoconhecimento em suas viagens e busca exatamente isso: o equilíbrio. Mas, como encontrá-lo?

Uma das formas de atingir uma vida melhor e com maior tranquilidade emocional — sem ter que fazer uma viagem por vários países como a escritora — é utilizar a psicologia. Ela está em praticamente tudo ao nosso redor e podemos coloca-la em nosso favor para ter um dia a dia mais prazeroso.

Veja agora algumas dicas do que você pode modificar no seu cotidiano se utilizando dos conhecimentos psicológicos para deixar a vida melhor e tentar encontrar o equilíbrio!

Dicas para ter uma vida equilibrada usando a psicologia

Invista nas cores certas

O pessoal do marketing já sabe há muito tempo que as cores podem influenciar o consumidor e que o nosso cérebro responde de maneiras diferentes a cada uma delas. Não é por acaso que 93% dos consumidores afirmaram que olham as cores de um produto antes de levá-lo para casa. É simples: basta pensar numa ocasião em que você deixou de comprar algo porque não tinha a opção de sua cor preferida.

Dê uma olha nesta pequena lista das cores e seus significados (e tente incorporá-las no dia de acordo com a suas emoções):

  • Vermelho: é uma cor intensa, incentivando a confiança e fazendo com que as pessoas promovam alguma ação. Também é uma cor relacionada com a nossa proteção, ativando sentimentos como medo e ansiedade.
  • Amarelo: perto dessa cor os indivíduos conversam mais. Ela promove também a esperança e o otimismo. É uma ótima opção de cor ambiente para aqueles que precisam estimular o intelecto e se concentrar mais nas tarefas.
  • Azul: é excelente para melhorar a sua criatividade e transmite uma sensação de paz, segurança e confiança.
  • Laranja: torna a pessoa mais ativa, alegre e também sociável. Promove um forte estímulo, mas menos intenso do que o vermelho.
  • Verde: muito associada à saúde, o verde representa abundância, sendo o símbolo da fertilidade. Também oferece um efeito calmante e alivia o estresse.
  • Roxo: sucesso e sabedoria são duas coisas estimuladas por esta cor. Ela também oferece efeito calmante, além de melhorar a criatividade e ajudar na resolução de problemas.

Tenha atitudes positivas

É mais fácil falar do que fazer, mas pensar e agir de forma positiva no seu dia a dia são certamente atitudes que melhoram o seu humor e as coisas ao redor. Ter disciplina e força de vontade é algo imprescindível para modificar o comportamento. Como disse o próprio Dalai Lama, precisamos escolher os nossos pensamentos todos os dias da mesma forma que escolhemos a roupa que vamos vestir.

Precisamos saber escolher as nossas atitudes. Por exemplo, a procrastinação é um péssimo hábito, que nos causa ansiedade e até frustração, mas que por vezes insistimos em cultivar. “Não deixe para fazer amanhã o que pode ser feito hoje” é uma frase já bastante conhecida, porém pouco praticada. Você não tem como controlar os acontecimentos externos, mas pode aprender a controlar a sua mente para que ela lhe traga uma vida equilibrada.

Saia da zona de conforto

É impressionante como adoramos reclamar, mas na hora de tentar mudar a situação, travamos — como em uma nova oportunidade de emprego, uma escola diferente ou locais de lazer que nunca fomos. É claro que é muito mais confortável estar num ambiente já conhecido, o que nos traz uma ideia de segurança. Porém, isso nos limita e impede de ampliar os nossos horizontes e viver boas experiências.

Ter uma vida equilibrada pode parecer difícil, mas não é impossível. É um treino diário, um exercício da mente e do corpo, afinal de contas, controlar as emoções e os nossos pensamentos exige um grande esforço. Procurar por um psicólogo e investir em terapia é uma excelente opção e uma atitude que mudará para melhor o seu dia a dia.

Quais atitudes positivas você toma no seu dia a dia para uma vida equilibrada? Comente aqui o que você faz para manter-se positivo!

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Comments (1) / 23 de agosto de 2016 /

O que é Neuropsicologia? Entenda!

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A neuropsicologia é uma área de atuação da psicologia, que surgiu no início do século XX, através de estudos com soldados de guerra que apresentavam alterações de comportamento, linguagem e raciocínio.

Ao longo do tempo foi se consolidando como uma prática importante da psicologia devido aos avanços nas técnicas de ressonância magnética, tomografia computadorizada que permitiram observar a ativação de áreas neuronais e correlacionar com os sintomas apresentados pelos pacientes.

Em 2004, a neuropsicologia foi reconhecida como especialidade, pelo Conselho Federal de Psicologia e, a partir deste marco, foram apontadas as diretrizes da atuação deste profissional.

Conheça a seguir  o que é neuropsicologia , as principais características  e  linhas de pesquisa

Conceito

Um dos primeiros conceitos em neuropsicologia relacionou esta ciência a investigação do papel do sistema cerebral individual na formas complexas de atividade neurológica e mental . Posteriormente foi postulado para esta prática, a relação entre o comportamento e a ativação de estruturas cerebrais em condições normais e patológicas (Luria, 1981; Nitrini, 2003)

Atualmente a neuropsicologia expandiu sua área de atuação e ocupa-se do diagnóstico, acompanhamento, tratamento e na pesquisa dos processos cognitivos, das emoções e da característica da personalidade sob o enfoque do processamento das estruturas cerebrais.

Linhas de investigação

Ao ser detectado um sintoma neurológico diferente no paciente é importante o encaminhamento ao neuropsicólogo que realizará um diagnóstico com maior acurácia baseando nos testes validados cientificamente.

As pesquisas em neuropsicologia mostram resultados significativos e surpreendentes em crianças, adolescentes, adultos e idosos. Em relação ao público infantil a demanda se associa aos distúrbios identificados nesta faixa etária, tais como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, depressão, síndrome do espectro autista, dentre outros. Constitui também objeto de investigação em crianças, sintomas de desempenho cognitivo inadequado para a idade, como esquecimento frequente, falta de concentração, incapacidade de assimilar informações, dificuldade de aprendizado, dentre outras.

Em crianças e adolescentes são estudados também as diferenças neuropsicológicas de vítimas de maus tratos, violência ou abandono familiar em relação aos pacientes que não foram expostos a estas situações (DE OLIVEIRA, 2013)

Trabalhos com avaliação neuropsicológica em adultos relacionam as consequências neuronais decorrentes de lesões cerebrais pelo abuso de drogas ilícitas como a cocaína (CUNHA, 2005 c), além de sequelas cognitivas em pacientes com traumatismo crânio encefálico.

Em idosos são estudados o déficit cogntivo e motor causados pelas doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, assim como as alterações neuronais próprias do envelhecimento.

Área de atuação da neuropsicologia

A avaliação e diagnóstico neuropsicológico é um procedimento para investigar as mudanças nas funções cognitivas superiores , mensurar o nível de comprometimento da atividade motora fina (práxicas) , sintomas de perda de memória de curto e longo prazo associado a lesões no córtex pré-frontal e hipocampo. Também são averiguadas sintomas de sensopercepção,  raciocínio lógico e diagnósticos diferenciais das doenças mentais.

A partir da análise e coleta de dados dos instrumentos, é possível identificar a extensão das lesões cerebrais, associar a questões neurológicas inatas ou adquiridas e propor as intervenções terapêuticas mais adequadas.

É importante observar que o diagnóstico neuropsicológico reflete o momento presente da capacidade mental do paciente. Situações com o uso de medicamentos, cansaço, intervenções psicológicas ou de um fonoaudiólogo podem interferir no resultado.

O acompanhamento do neuropsicológico é feito através de testes cognitivos, comportamentais e de cálculo para medir a evolução clínica do paciente. Apresenta importância significativa pois,  irá nortear os demais profissionais de saúde que acompanham o paciente na tomada de decisão clínica, mudanças de condutas terapêutica ou suspensão do tratamento.

As pesquisas envolvendo a neuropsicologia se aplicam tanto no âmbito acadêmico quanto na prática clínica e fornecem subsídios para novas observações e atuações.

A neuropsicologia é um campo de atuação em constante atualização e pautada pele investigação intensa dos processos neurológicos. Por isso deve ser bem compreendida e exercida por um profissional qualificado.

E então, o que achou do post de hoje? Tem alguma experiência ou dúvida relacionada ao assunto? Comente e compartilhe conosco as suas ideias!

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Comments (1) / 8 de agosto de 2016 /

Qual a importância da Psicopedagogia no processo de aprender?

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Psicopedagogia é o estudo que se concentra em processos e dificuldades de aprendizagem. Engloba diversas áreas, como psicanálise, linguística, neuropsicologia, psicofisiologia, entre outras.  Ao contrário do que muitos pensam, não é uma junção da Psicologia com a Pedagogia, e sim, uma área direcionada para a solução dos problemas dentro ou fora do ambiente escolar. O profissional com este tipo de formação pode identificar o que pode prejudicar a assimilação do que está sendo ensinado nas escolas.

Importância da Psicopedagogia para o aprendizado

A Psicopedagogia se preocupa de forma abrangente com a aprendizagem, considerando diversos fatores, como: educativo, físico, emocional, psicológico e sócio-cultural.

Auxilia alunos que tem dificuldade, que não conseguem acompanhar o progresso desejado e são “deixados para trás”, em comparação aos seus colegas, no processo de aprendizagem. Existem diversos obstáculos, e são neles que o profissional capacitado aplica técnicas para melhorar as habilidades do aluno a assimilar os ensinamentos difundidos pelo professor.

O profissional também orienta pais e professores, inclui outros profissionais para o tratamento adequado, visto que muitas vezes os problemas podem estar ligados a outros fatores, como psicológicos, psicomotores, fonoaudiológicos, entre outros.

Utilidade da Psicopedagogia no processo de aprendizagem

A Psicopedagogia trabalha com as dificuldades enfrentadas durante o aprendizado, prevenindo problemas e resgatando a autoestima, inclusive com o uso de ferramentas tecnológicas.

Detecta dificuldade de aprendizagem

Este é o principal foco da Psicopedagogia. Dificuldades do aprendizado envolvem não apenas a parte educativa, mas também o desenvolvimento psicológico e emocional do ser humano. Existem diversos fatores que contribuem para problemas de aprendizagem, entre eles, conflitos em família, bullying, abusos, agressões por parte de professores ou outros do ambiente escolar, etc.

Previne problemas

A psicopedagogia não só remedia problemas, mas também os previne. Isto é feito orientando os professores treinar a visão para perceber focos de dissonância no aprendizado do aluno e nos grupos. A família também é envolvida neste processo, a fim de que possa lidar também com as dificuldades.

Resgata a autoestima

O trabalho do resgate da autoestima de crianças e adultos no processo de aprendizagem está entre as principais competências dos psicopedagogos. Falta de estímulo, organização ou fatores emocionais podem pesar na satisfação de realizar algo. Os profissionais podem levar o indivíduo a reconhecer seu potencial e definir que competências precisam ser trabalhadas.

Busca soluções com auxílio tecnológico

Usar jogos e a tecnologia disponível, ajuda os profissionais de Psicopedagogia a desenvolver atividades que expandam o aprendizado e o interesse. Este procedimento auxilia no raciocínio para que o aluno possa atuar de forma eficaz em diferentes níveis de escolaridade.

Usa ferramentas para compreender a não aprendizagem

Auxilia cada aluno de forma particular, levanta dados relacionados ao ambiente de ensino e aprendizagem das escolas, identifica os obstáculos à aprendizagem e a forma de como ultrapassá-las.

Todos estes estudos visam entender necessidades de aprendizagem do aluno em dificuldade. A função da psicopedagogia é fazer com que a escola providencie os recursos para suprir essas carências. Quando consegue atingir esses objetivos e a transformação ocorre, o psicopedagogo se torna um instrumento valioso em qualquer instituição educativa.

E você, conhece outras formas em que a psicopedagogia pode auxiliar alunos e escolas? Deixe seu comentário logo abaixo!

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Comments (2) / 1 de agosto de 2016 /