Pais, precisamos falar sobre dislexia e discalculia

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Dislexia e discalculia são dois transtornos de aprendizado muito diferentes. Em um, a criança apresenta dificuldade em aprender matemática e, no outro, tem problemas com a leitura. Ambos devem ser diagnosticados e tratados com rapidez para não atrapalhar o desempenho escolar.

Os pais devem estar atentos aos sinais desses dois distúrbios e procurar ajuda assim que surgir alguma dúvida. Neste texto, vamos falar um pouco mais sobre dislexia e discalculia, apontando seus principais aspectos e como procurar assistência. Acompanhe!

O que é discalculia?

A discalculia é ocasionada quando uma criança tem certa dificuldade em aprender matemática, com algum bloqueio para adquirir esta habilidade cognitiva. Independentemente de possuir um nível intelectual “normal”, sendo estável emocionalmente e tendo a correta motivação educacional.

Esse transtorno não é ocasionado por deficiências mentais ou auditivas e nem por uma escolarização deficiente. Crianças que apresentam esta dificuldade apenas não são capazes de compreender o que é solicitado nas questões propostas pelo professor e pelos pais.

Operações comuns como soma, subtração, multiplicação e divisão são extremamente complexas. Além disso, esse tipo de criança sente uma imensa dificuldade para conseguir entender alguns aspectos como quantidade, espaço, distância e tamanho.

O que é dislexia?

dislexia está relacionada à dificuldade de compreender o que se está lendo. É um transtorno do aprendizado muito mais comum em meninos do que em meninas. A criança apresenta problemas na hora de realizar associações grafema-fonema e, portanto, não consegue decifrar as palavras, não conseguindo imputar sentido àquilo que está lendo.

O disléxico tem uma maior complicação com a área verbal, ou seja, com a linguagem escrita e oral — já a linguagem não verbal, simbólica, tende a ser melhor compreendida. Além disso, é difícil para a criança diferenciar letras como “b” e “d”, “u” e “v” e “p” e “b”, e ela também tem problemas com a memória de trabalho, não conseguindo entender frases grandes, já que é necessário relembrar as palavras que foram lidas.

Esse transtorno predomina em torno de 6-7% da população infantil e sua causa depende de diversos fatores. Acredita-se que ela possa estar associada à síndrome de Down e à síndrome de Klinefelter, mas, além disso, é preciso pesquisar problemas auditivos.

Como perceber e quem devo procurar?

Primeiramente, é preciso descartar a possibilidade da criança ter algum tipo de retardo mental, já que as duas doenças não estão associadas a esse tipo de problema. Além disso, situações de grande desgaste emocional, como mudança de escola, pais recentemente divorciados e a perda de um ente querido podem mimetizar a doença.

Os pais também precisam levar em conta os fatores ambientais, como pouca motivação escolar, ensino de pouca qualidade, baixo nível socioeconômico e o ambiente em que seu filho estuda e vive. É importante salientar que o baixo desempenho escolar não acompanha o nível de inteligência da criança, ou seja, ela vai mal na escola, mas é tão inteligente quanto as outras.

A família deve procurar um psicopedagogo que, em parceria com a escola e familiares, vai encontrar o melhor processo de aprendizado para a criança. A melhora da autoestima e a valorização das realizações também são muito importantes durante o tratamento.

É importante ficar atento ao desempenho escolar do seu filho, já que quanto mais cedo são diagnosticados esses distúrbios, menores são os problemas escolares, de autoestima e socialização da criança. Sempre lembrando que dislexia e discalculia não representam em nenhum aspecto um retardo mental.

E aí, gostou do nosso texto? Então deixe seu comentário e acompanhe nossas outras postagens.

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Comments (0) / 12 de julho de 2017 /

7 jogos recomendados para crianças com dislexia

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Além de um momento de lazer e descontração, brincar também é uma oportunidade de exercitar a expressão e desenvolver o aprendizado. Isso porque a brincadeira suaviza o processo que muitas vezes é doloroso. Principalmente se a criança já apresenta dificuldades na escola. Neste post, você vai conhecer um pouco sobre os jogos para crianças com dislexia, transtorno que atinge cerca de 4% da população brasileira, segundo o Instituto ABCD.

Seja no improviso ou por meio de aplicativos para celulares ou tablets, os jogos têm ajudado crianças a contornar os desafios da aprendizagem, além de auxiliar os pais na identificação da dislexia quando ainda não há o diagnóstico.

Confira agora 7 desses jogos!

1. Forca: um clássico muito importante

Jogo antigo e tradicional, a forca é uma ótima atividade para orientar a escrita correta e a construção das palavras para as crianças com o transtorno da dislexia.

A forca estimula os pequenos a descobrirem a letra adequada para ser encaixada na palavra e ela precisará lidar com as várias opções que têm disponíveis para se decidir de forma mais adequada.

Uma dica na hora da brincadeira é oferecer pistas para evitar que a criança chute qualquer letra só para vencer o jogo. Lembre-se de que o objetivo principal é o desenvolvimento de capacidades. A leitura e a escrita são as funções mais afetadas pela dislexia. Tenha isso em mente e proponha o jogo da forca com frequência.

Para tornar a atividade mais interessante, sugira temas diferentes e específicos a cada vez que forem brincar. Animais, cidades, cores. Há uma infinidade de possibilidades. Permita que a criança também ajude na escolha.

2. Jogo de rimas: estímulo ao improviso

Brincar de rimar parece super simples, mas a atividade têm a vantagem de trabalhar o improviso. O legal é que o jogo pode ser feito a qualquer momento e em qualquer lugar, sem demandar nenhuma ferramenta específica.

Crianças a partir dos 6 anos já têm capacidade de identificar rimas. Os pais devem estimular isso, basta cantar algumas músicas conhecidas e deixar que a criança complete, observando se ela consegue. Aproveite para brincar a caminho da escola, na volta de um passeio ou em casa.

Use canções conhecidas, como temas de desenhos animados que elas gostem, músicas que costumam escutar no dia a dia, ou até mesmo aquelas canções educativas desenvolvidas para os pequenos.

Para levar a criatividade a outro nível, que tal inventar rimas? Deixe a imaginação fluir e estimule a criança a criar sequências que rimem com as que você propôs anteriormente.

Caso opte por essa variação, tenha calma e não exija tanto dela. Lembre-se que nem toda criança é obrigada a saber rimar, apesar de ela ter noção do que é.

3. Edupaint: foco nas associações

Edupaint é aplicativo que apresenta um livro de colorir em formato digital focado em melhorar a dislexia de leitura.

A ferramenta conta com 18 atividades cognitivas que têm como princípio estimular a criança a associar números, letras maiúsculas, minúsculas e a colocar letras em ordem alfabética. Tudo isso pintando. O aplicativo também trabalha com animais, emoções e formas geométricas.

Baixe aqui o Edupaint .

4. Arqueiro Defensor: um grande auxílio na leitura e escrita

Atire flechas para defender o castelo de uma invasão! O divertido jogo Arqueiro Defensor foi desenvolvido por alunos do ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica) para tablets e smartphones.

Nele, para neutralizar os oponentes, é preciso acertar qual palavra está sendo dita. A atividade auxilia no período de alfabetização, principalmente para as crianças com dislexia. Isso porque um dos estímulos que o jogo propõe é a associação entre o que se ouve e o que se lê.

É comum que crianças com dislexia tenham essa dificuldade, principalmente confundindo “u” com “n” e “m” com “w”. No jogo, palavras de grafia semelhante aparecem para complicar a brincadeira, estimulando ainda mais o aprendizado diante dos problemas.

Conheça o Arqueiro Defensor.

5. Aramumo: um dos mais completos jogos para crianças com dislexia

Também desenvolvido pelo ITA, dessa vez em parceira com o Instituto ABCD, o aplicativo Aramumo foi eleito o melhor jogo da categoria “didático para portadores do transtorno de dislexia”.

Aqui, a leitura e a escrita são o grande foco. A criança ouve uma sequência de palavras e deve pegar sílabas que flutuam em bolhas pela tela para colocar na sequência correta em espaços determinados, formando palavras. É estimulada ainda a associação entre a pronuncia e a escrita correta.

Clique aqui para baixar o Aramumo.

6. Mimosa e o Reino das Cores: muita cor na fazenda

Neste joguinho, desenvolvido por profissionais de psicologia e fonoaudiologia, a criança precisa ajudar a vaca Mimosa a responder perguntas que envolvem a grafia correta de palavras.

Conforme for acertando os desafios na fazenda, o jogador avança de fase e o desafio passa a ficar mais difícil.

O estímulo das cores está presente. Antes de começar a responder os desafios, a criança precisa pintar o cenário da fazenda. Muito divertido e didático!

Conheça a Mimosa!

7. Desenho: desenvolvimento da criatividade

O desenho não é exatamente um jogo, mas representa uma atividade completamente estimulante para a criança com dislexia. Por meio dele, A coordenação motora e o esquema corporal podem ser trabalhados.

O legal é os pais participarem juntos, fazendo desenhos. É possível diversificar a brincadeira, propondo que as crianças adivinhem o que está no papel.

É importante que os pais observem se a criança tem dificuldades de manusear o giz de cera, lápis ou canetinha. Durante a atividade de desenho, também é importante observar se as crianças têm dificuldade de desenhar formas geométricas simples como círculos e quadrados.

Como dissemos, os jogos são uma ótima ferramenta para identificar a possibilidade da dislexia, quando ainda só há a suspeita. É sempre válido lembrar que, quanto mais cedo o transtorno de aprendizagem for identificado, mais fácil o tratamento e o acompanhamento podem ser realizados.

Gostou de conhecer estes jogos para crianças com dislexia? Tem alguma dúvida ou gostaria de compartilhar alguma outra brincadeira que você conheça? Deixe seu comentário no post!

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Comments (9) / 6 de julho de 2017 /

Por que buscar a ajuda de profissionais em casos de déficit de atenção?

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Ser responsável por alguém em idade escolar nem sempre é uma tarefa fácil, não é mesmo? Acompanhar o desenvolvimento cognitivo e social em meio a tantos estímulos diários, vindos de diferentes fontes, exige cautela e atenção. Da mesma forma, identificar problemas, como os casos de deficit de atenção, é complexo e demanda a ajuda de profissionais especializados.

Apesar do título de “doença mental”, o diagnóstico de transtorno do deficit de atenção/hiperatividade (TDAH) não limita definitivamente a capacidade da criança em conviver e aprender. Por isso, não deve ser motivo de susto ou alarde, já que o acompanhamento adequado pode garantir um desempenho completamente normal, tanto no ambiente escolar como na convivência social.

Para tratar desse tema, precisamos antes entender três pontos importantes, que são pré-requisitos para que julgamentos precipitados e equivocados não sejam cometidos. Vamos a eles!

Problema de aprendizagem é diferente de dificuldade de aprendizagem

Imagine que seu filho foi mal em uma avaliação escolar e, tempo depois, o professor avisou você que ele anda disperso na aula e tem dificuldade em focar a atenção nas atividades propostas, o que provocou queda no seu rendimento. 

A questão é: a situação retratada, por si só, pode confirmar o diagnóstico de TDAH?

A resposta é não. Isso porque inúmeros fatores influenciam o processo de aprendizagem e sociabilização. Ou seja, a criança pode estar passando por um problema pessoal temporário (briga com algum colega, por exemplo), o que tirou sua vontade de ir à escola e se dedicar às atividades. Uma vez resolvida essa situação, provavelmente seu rendimento voltará a ser como era.

Por isso, é importante diferenciar “problema” e “dificuldade”.

O problema de aprendizagem é temporário e causado, por exemplo, por uma questão familiar ou com amigos que, quando resolvida, acarreta normalização do desempenho. Ele pode ser identificado por pessoas que acompanham a criança diariamente, como pais e professores.

Já a dificuldade de aprendizagem deve ser verificada por meio de três pontos principais:

  • se apareceu na infância (antes dos sete anos);

  • se persiste por longo tempo (no mínimo 6 meses);

  • se acontece em, ao menos, dois ambientes diferentes (casa, lazer, escola, amigos etc).

Diagnóstico efetivo

Uma vez percebido o problema de aprendizagem, é essencial que os responsáveis busquem ajuda especializada. Como o TDAH influencia várias áreas, como cognição, sociabilização, comportamento e desenvolvimento profissional, o especialista deve ter uma visão que englobe todos esses fatores.

Normalmente, o acompanhamento é feito por psicólogos e psiquiatras, que lidam com situações diferenciadas no dia a dia, as quais incluem os fatores citados acima. Da mesma forma, outros profissionais, como neurologistas e pediatras, podem realizar o diagnóstico clínico, desde que tenham experiência com esse tipo de paciente.

Déficit de atenção x hiperatividade

O TDAH é um transtorno com três classificações: predomínio de sintomas de desatenção; predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade e, por fim, a combinação entre os dois anteriores. Focaremos a partir de agora os casos de déficit de atenção.

Quais são os sintomas?

Durante o dia a dia da criança, é possível verificar alguns sinais que podem indicar o deficit de atenção, como os seguintes:

  • dificuldade na escrita — a criança pode ter uma caligrafia ruim ou mesmo ilegível e, além disso, na hora de escrever, não consegue transmitir suas ideias para o papel de forma coesa e coerente;

  • dificuldade na interpretação de texto — ler uma história e conseguir responder perguntas simples sobre ela ou mesmo recontá-la ou resumi-la é muito complicado;

  • dificuldade na realização de cálculos — seguir as etapas lógicas para encontrar o resultado de uma operação matemática é trabalhoso demais para a criança;

  • dispersão nos momentos que exigem foco — em situações que exigem concentração, como uma leitura individual ou mesmo atividade em grupo, a criança não consegue chegar ao fim, pois se distrai com facilidade.

É importante destacar que cada uma dessas dificuldades deve ser analisada com cautela pelo profissional responsável pelo diagnóstico. Para isso, várias perguntas devem ser feitas, relacionadas a quando o problema acontece, com que frequência, em que situações, que consequências traz etc.

Como acontece o tratamento?

Inicialmente, como vimos, é feito o diagnóstico clínico por um profissional especializado. Ele conversará com a criança, com seus professores e familiares, a fim de verificar a situação sob vários ângulos. Além disso, ele determinará desde quando o problema acontece e em quais ambientes. A partir de seu conhecimento técnico, poderá verificar se a questão é temporária ou antiga, trazendo, nesse último caso, problemas que podem influenciar negativamente o desenvolvimento cognitivo e interpessoal da criança.

A partir daí, o acompanhamento deve ser contínuo e realizado, se necessário, por profissionais de áreas diferentes, a fim de garantir sua eficácia. Talvez seja necessário, por exemplo, um fonoaudiólogo que ajude a criança nas dificuldades com a comunicação oral e escrita; um fisioterapeuta, que ajude no desenvolvimento da coordenação motora fina, a fim de melhorar a caligrafia; e um psicólogo, que acompanhe suas dificuldades, melhoras e possíveis retrocessos, por meio de conversas abertas e orientadoras.

Depois dessa avaliação sistêmica e analítica, que busca realmente verificar as causas da desatenção e/ou dos problemas de aprendizagem da criança, é verificada a necessidade ou não da administração de medicação psicoestimulante e antidepressiva.

Ou seja, a medicação deve ser o último recurso e estar acompanhada de tratamentos paralelos, que garantam o entendimento da criança e de seus familiares do problema que está sendo tratado e das etapas necessárias para alcançar o melhor desempenho possível, considerando as dificuldades existentes e o progresso realizado no dia a dia.

Diagnósticos precipitados podem trazer consequências que perduram durante toda a vida da criança, já que tratam quimicamente problemas que talvez pudessem ser resolvidos com acompanhamento de profissionais especializados, por meio de acompanhamento efetivo e contínuo.

Como vimos, o diagnóstico dos casos de deficit de atenção exige conhecimento aprofundado do profissional, porém é inicialmente percebido por pessoas próximas à criança, como pais e professores. Por isso, estar sempre atento ao desenvolvimento na escola é fundamental.

E você, conhece alguém com deficit de atenção? Quais as consequências de um diagnóstico precipitado? Deixe sua contribuição ou dúvida nos comentários. Até a próxima!

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Comments (0) / 6 de julho de 2017 /

Como lidar com o comportamento dos filhos corretamente?

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Lidar com o comportamento dos filhos pode, muitas vezes, ser desafiador. É comum que as crianças, ainda aprendendo a lidar com suas próprias emoções e testando o mundo ao seu redor, usem recursos negativos para chamar a atenção dos pais ou conseguirem aquilo que desejam.

Listamos aqui alguns dos comportamentos mais comuns em crianças e como lidar com cada um deles de forma positiva.

Fazer birra

Uma das formas mais comuns das crianças chamarem a atenção dos adultos e conseguirem o que querem é a birra. É muito importante que os pais, diante dessa situação, se mostrem firmes, porém acolhedores. Ceder à birra vai apenas reforçar o comportamento da criança. Falar com calma e firmeza, deixando claro para o filho que seu comportamento não vai levá-lo a lugar algum, é sempre a melhor saída.

Ser agressivo

Mesmo pequenas agressões, como empurrões e beliscões durante brincadeiras, podem passar a mensagem de que é aceitável ferir outras pessoas. Leve a criança a exercitar a empatia, perguntando como se sentiria se fizessem o mesmo com ela e ajude-a a como fazer na próxima vez em que se sentir irritada.

Interromper você

Ficar extremamente excitado com alguma novidade é um comportamento comum dos filhos, mas que, se deixado à revelia, pode reforçar na criança a ideia de que ela pode ter a atenção das pessoas sempre que quiser, além de não ensiná-la a lidar com frustrações.

Sendo assim, da próxima vez que for receber visitas, diga para a criança que ela não poderá lhe interromper e deixe-a brincando com um de seus brinquedos favoritos.

Ignorar você

Pedir a mesma coisa para seu filho repetidas vezes pode reforçar na criança a ideia de que ele pode ignorar você, e esse comportamento pode se repetir com professores e amigos.

Quando falar com a criança, vá até ela e certifique-se de que está prestando atenção em você. Se ela continuar a lhe ignorar, imponha consequências para esse comportamento.

Mentir

Mentir pode se tornar uma resposta automática para quando a criança quiser ser o centro de seu grupo social, ganhar alguma recompensa por algo que deveria ter feito ou mesmo evitar uma punição por algo que fez. Ao lidar com esse tipo de comportamento, mostre à criança que mentir faz com que ela perca a confiança das demais pessoas.

Certifique-se de que seu filho não alcance seu objetivo ao mentir. Se ele contar uma mentira para não fazer o dever de casa, por exemplo, certifique-se de que faça a tarefa.

Seguir as próprias regras

Deixar que seu filho aja de forma excessivamente independente, pegando o próprio lanche, por exemplo, gera na criança dificuldades em seguir regras. É interessante ao lidar com esse comportamento dos filhos, definir um conjunto explícito e visível de regras da casa, e recorrer a ele com frequência.

Estes e outros problemas podem ser abordados com a ajuda de um profissional, que pode orientar melhor os pais sobre como lidar com o comportamento dos filhos de forma construtiva.

Quer se aprofundar mais neste tema, tirar dúvidas ou partilhar experiências pessoais? Então deixe um comentário abaixo!

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Comments (1) / 5 de julho de 2017 /

Você sabe o que é reabilitação neuropsicológica?

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O campo da reabilitação é amplo. Ele compreende as ações empreendidas com o objetivo de ajudar as pessoas com algum tipo de deficiência a recuperar a funcionalidade da função prejudicada.

Uma área desse campo cada vez mais pesquisada é a reabilitação neuropsicológica. Apesar de ser um objeto de estudo recente, muitos avanços científicos foram possíveis a partir descoberta da plasticidade cerebral.

A plasticidade cerebral se refere à capacidade de adaptação do cérebro. Ou seja, o Sistema Nervoso Central consegue se readaptar em resposta a estímulos externos. 

Essa característica é a base da ação da reabilitação neuropsicológica e é o que permite os inúmeros benefícios que ela pode trazer. A seguir vamos esclarecer esse método para você. Vamos lá?

O que é reabilitação neuropsicológica?

A reabilitação neuropsicológica surgiu durante a primeira guerra mundial com o objetivo de ajudar os soldados em suas recuperações de lesões cerebrais.

Ela consiste em um processo que procura reabilitar e capacitar sujeitos que possui algum tipo de defasagem em suas funções cognitivas, tais como: memória, percepção, atenção, linguagem etc.

Como funciona?

O objetivo da reabilitação é proporcionar uma melhor qualidade tanto para o paciente quanto para os seus familiares. 

Essa melhor qualidade de vida é possível com a otimização e o aproveitamento máximo das funções prejudicadas.

É realizada uma avaliação neuropsicológica para se detectar os déficits. Isso permite que o neuropsicólogo defina o projeto terapêutico e as técnicas que serão empregadas.

De modo geral essas técnicas atuam, a partir da plasticidade cerebral, para se conseguir compensar os déficits de acordo com a necessidade de cada paciente.

Existem diversas técnicas que são aplicadas no contexto do tratamento, vamos a algumas delas:

  • o ensino de estratégias que consigam compensar as perdas, por meio da aprendizagem de novas capacidades e da adaptação dos prejuízos que são permanentes;
  • mindfulness é uma técnica que treina a atenção do paciente. Ela é empregada na prática da meditação. Isso permite aumentar o foco do paciente e faz com que ele seja capaz de manter uma razoabilidade para as suas escolhas diante dos acontecimentos, sendo utilizada no processo de reabilitação, pois é capaz de alterar o cérebro de forma importante em sua estrutura e função.
  • Diante de prejuízos de memória são utilizadas atividades que estimulem as tarefas cognitivas que a utilizam. Muitas vezes, são utilizados apoios extras para essa função, tais como: uso de organizadores, listas, agendas etc.

Quais os benefícios?

Como dissemos no início os benefícios da reabilitação neuropsicológica são inúmeros. A repercussão dessas melhorias são sentidas tanto pelo paciente quanto pelos seus familiares.

Isso ocorre porque o tratamento tem como resultado um pleno equilíbrio biopsicossocial. Isso proporciona ao sujeito uma maior autonomia e leva as habilidades cognitivas e sociais em sua maior potência. 

Listamos alguns benefícios para você:

  • pacientes com alzhaimer passam a ter uma importante melhoria na qualidade de vida em tarefas cotidianas que envolvam a memória, cálculos, adequação comportamental etc.;
  • o aumento da sua capacidade de atenção e foco. O que repercute em sua vida profissional e estudantil;
  • melhor gerenciamento das suas emoções, uma vez que você tem a sua capacidade cognitiva levada ao seu melhor.

O campo de atuação da reabilitação neuropsicológica é extenso. Pode ser utilizado em lesões adquiridas por traumas físicos, por déficits cognitivos, por doenças congênitas etc. O importante é que o seu resultado tem se mostrado muito positivo no que se refere à recuperação dos pacientes e a melhoria da qualidade de vida.

Gostou do nosso conteúdo? Compartilhe, aqui nos comentários, as suas dúvidas e opiniões sobre o método e seus benefícios.

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Comments (0) / 3 de julho de 2017 /

Qual é a diferença entre transtornos e síndromes?

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As palavras “síndrome” e “transtorno” são muito comuns no vocabulário médico quando se quer retratar alguma condição atípica no paciente. Porém, elas possuem significados diferentes e devem ser usadas para explicar distintos tipos de condições patológicas. Mas, afinal, qual a diferença entre transtornos e síndromes?

No post de hoje você poderá conhecer as principais características dessas duas palavras, que traduzem problemas identificados e reconhecidos pela CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) e DSM-4 (Manual Diagnóstico e Estatístico para Transtornos Mentais), assim como o que as diferenciam. Continue a leitura e saiba mais sobre esse assunto!

Síndromes

A síndrome é uma palavra derivada do grego, que significa “con+correr”, o que já sugere sua principal característica, que são várias doenças, sintomas e processos patológicos manifestados no paciente. Esses sintomas e manifestações são independentes de qualquer causa que pode as diferenciar.

Também pode ser chamada de síndrome toda aquela condição patológica que não possui ainda uma causa definida. Um exemplo é a Síndrome de Guillain Barré, que não tem apenas uma causa apontada, mas sim um conjunto de sintomas que a determinam.

Outra síndrome conhecida é a Síndrome de Down, que, apesar de ser ocasionada pela trissomia (aparecimento de três cromossomos ao invés de dois) do cromossomo 21, são inúmeras as causas que levam o indivíduo a essa condição.

Transtornos

O transtorno já é referente a alterações mentais, que afetam a saúde cognitiva, como já sugere sua origem, do latim: “trans+tornare”, ou seja, dar voltas através de algo. O termo é utilizado para determinar qualquer condição psicológica ou mental que cause sofrimento ou comprometimento das ações ou da personalidade.

Alguns tipos comuns de transtorno são mais decorrentes atualmente, apontados como condições mentais causadas por situações do dia a dia, por estresse ou pela pré-disposição do indivíduo a estar sensível em determinadas situações.

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno de ordem neurobiológica reconhecido pela Organização Mundial da Saúde pela CID-10 que apresenta como principais característicasa dificuldade de concentração, esquecimento, agressividade, inquietação, entre outros.

Outro tipo de transtorno recorrente é a Dislexia, um problema crônico que envolve a dificuldade na aprendizagem e no reconhecimento dos signos verbais, sendo comum trocá-los ou não conseguir identificá-los. 

Dentre outros transtornos mais comuns, então o Transtorno de Personalidade, Transtorno Bipolar, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), entre outros. Observe que todas as condições citadas acima comprometem a ordem psicológica e mental do indivíduo, sendo essa sua principal diferença com a síndrome.

Tratamentos para transtornos e síndromes

Tanto as síndromes como os transtornos podem ser curados ou tratados, dependendo do grau de intensidade ou do tipo da condição do paciente. Uma síndrome como a de Down ou de Guillain Barré, citadas acima, são patologias causadas por um conjunto de doenças e sintomas, que, portanto, podem não apresentar a cura completa, mas com a ajuda de bons profissionais, é possível seguir a vida normalmente realizando o tratamento adequado.

Alguns transtornos também podem ser tratados com a ajuda de psicólogos, psiquiatras e tratamentos paralelos, como a prática de atividades físicas e de envolvimento social. Os médicos psiquiatras devem avaliar casa caso e ponderar sobre o auxílio de medicação, que pode ser essencial para a conquista da cura.

É muito importante saber diferenciar transtornos e síndromes, já que ambos possuem tratamentos distintos e a procura do profissional ideal pode trazer um tratamento mais eficaz. No caso das síndromes, é comum que o tratamento seja realizado por diversos profissionais em conjunto, já para os transtornos, a consulta a um médico psiquiatra e um psicólogo podem ser eficientes para um bom resultado.

Gostou do post de hoje? Se você ficou com alguma dúvida ou quer fazer algum comentário, não deixe de entrar em contato conosco através do espaço abaixo!

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Comments (1) / 29 de maio de 2017 /

Saiba quais são os sintomas do TDAH e como é o tratamento

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O Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento e psiquiátrico, que causa a desatenção, impulsividade e hiperatividade, prejudicando o desempenho escolar da criança, ou profissional do adulto. Com o aumento significativo das pesquisas e dos diagnósticos de TDAH, nos últimos anos, muitas pessoas têm dúvidas sobre quais sintomas do TDAH podem realmente ser atribuídos à doença e como ela pode ser tratada. Para descobrir a resposta para essas dúvidas, basta continuar lendo o nosso post!

O que causa o TDAH?

As causas do TDAH ainda não foram especificadas, mas diversos fatores são alvo de estudo. O que se descobriu é que os portadores de TDAH possuem alterações nos neurotransmissores de dopamina e noradrenalina da região frontal do cérebro. A causa mais plausível dessa alteração ainda é uma predisposição genética, hereditária, além do uso de álcool, nicotina e outras drogas durante a gestação.

Quais os sintomas do TDAH?

Os sintomas do TDAH costumam surgir ainda na infância e são classificados por uma combinação de dois tipos de sintomas. Predominantemente desatenção, predominantemente hiperatividade/impulsividade ou uma combinação de ambos. É possível identificar os sintomas pelas seguintes características:

  • Inabilidade de prestar atenção aos detalhes
  • Realização de erros bobos na escola
  • Dificuldade em realizar atividades que demandam concentração
  • Dificuldade em seguir instruções e terminar trabalhos que demandam diversas etapas
  • Facilidade de distração por estímulos externos
  • Facilidade em perder os objetos da escola (lápis, borracha, caderno)
  • Dificuldade em organizar as atividades do dia a dia
  • Realização de movimentos repetitivos como batucar os dedos ou balançar os pés
  • Incapacidade de esperar o atendimento em filas ou de não se movimentar/correr em ambientes públicos
  • Fala excessiva com interrupção constante da fala das outras pessoas

Vale observar que esses sintomas variam de leve a grave, devem estar presentes nos diversos contextos da vida do indivíduo e não podem ser explicados por outras condições como ansiedade, crises psicóticas, distúrbios do humor ou uso de drogas, por exemplo.

Como é feito o diagnóstico do TDAH?

Por ser uma doença complexa, o diagnóstico sugerido ao TDAH é realizado através de uma avaliação neuropsicológica, na qual, o neuropsicólogo avalia o desempenho de funções cognitivas, emocionais e comportamentais por meio de testes e procedimentos padronizados. Através da avaliação de habilidades como atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades motoras, executivas e afetivas, entre outras, é possível determinar o diagnóstico de acordo com o tipo de transtorno – se mais desatento, se mais hiperativo – e iniciar as orientações do tratamento.

Como é feito o tratamento do TDAH?

O tratamento do TDAH é considerado multimodal, por incluir profissionais das áreas de psicologia, psicopedagogia, neuropsicologia e psiquiatria. A partir da avaliação neuropsicológica, que determina o nível de prejuízo cognitivo (atenção, memória, linguagem, percepção, funções executivas) e de habilidades preservadas, será definido um programa possível de reabilitação. Dentre os tratamentos possíveis estão o medicamentoso, por psiquiatras, a Teoria Cognitivo Comportamental, por psicólogos, técnicas de reabilitação como estímulos direcionados, jogos e exercícios para o cérebro, treino cognitivo de xadrez, pelo neuropsicólogo, além dos oferecidos pelos pedagogos, fonoaudiólogos, conforme a necessidade.

Qual o objetivo do tratamento do TDAH?

Quando bem realizado, o tratamento do TDAH permite que a criança ou adulto e a família convivam bem com o transtorno, com a diminuição dos sintomas, o distúrbio deixa de afetar o rendimento escolar, profissional e pessoal. Para isso, é fundamental um acompanhamento contínuo, ao longo dos anos, para manter sintomas do TDAH sempre controlados.

E aí, ficou alguma dúvida sobre o TDAH e seu tratamento? Curta nossa página e fique ligado no nosso conteúdo!

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Comments (1) / 29 de março de 2017 /

O que é dislexia? Tire suas dúvidas sobre esse distúrbio

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A dislexia é um transtorno de ordem genética que tem origem neurobiológica e afeta a linguagem, causando dificuldade para ler, escrever, compreender o texto e pode afetar a fala também. É hereditária e afeta, aproximadamente, 5% dos brasileiros.

Mas afinal, quais são os sintomas da dislexia? O que é dislexia realmente e como lidar com esse distúrbio na infância e na vida adulta? Continue a sua leitura e tire suas dúvidas sobre esse distúrbio.

Quais são os sintomas da dislexia?

Os sintomas podem variar muito de acordo com o grau de gravidade do distúrbio. Normalmente o transtorno se torna mais evidente na fase de alfabetização. Dentre os sintomas mais comuns estão:

Erros ortográficos

O disléxico tem dificuldade em distinguir sons parecidos. Por isso, um sintoma comum é a troca letras na hora de escrever quando ela tem pronúncias semelhantes – como o B e o D ou o V e o F, por exemplo.

Crianças que tem dislexia podem ter bastante dificuldade para memorizar as regras ortográficas e até mesmo para juntar duas letras para formar uma simples sílaba.

Ler devagar e com pouca fluência

A criança com dislexia pode demorar muito mais tempo para aprender a ler do que uma criança sem o distúrbio. Isso acontece devido à dificuldade para identificar as palavras e associá-las ao sentido que possuem. Por isso, a leitura pode ser mais vagarosa e demonstrar pouca fluência.

Dificuldade para construir frases

Como os disléxicos tem mais dificuldade para formar palavras e lhes atribuir o devido significado, eles também podem demorar um pouco mais na construção de frases e ainda assim escrever com a gramática errada, como “eu era com sono”, por exemplo.

Falta de concentração

Problemas para se concentrar ou manter o foco podem ser comuns em pessoas com dislexia, causando dificuldade para resolver um quebra-cabeças ou um jogo dos sete erros. Esse déficit de atenção também pode se manifestar durante as aulas e ao cumprir alguma tarefa em casa.

Um disléxico também pode ter dificuldades para seguir ordens longas já que o distúrbio afeta a memória operacional, mais conhecida como memória de curto prazo.

Pouca noção de espaço e tempo

É comum que crianças com dislexia demorem mais para adquirir noções de tempo e espaço, bem como dominar os lados e o conceito de direita e esquerda.

Descobri que meu filho é disléxico. Como tratar o assunto na escola dele?

É necessário comunicar o assunto à escola para que o método de ensino equilibre a quantidade de informação escrita com o estímulo visual para que o aluno possa assimilar o conteúdo com maior facilidade.

É interessante também conversar com a equipe docente sobre evitar que a criança tenha de ler textos em voz alta na sala de aula e, se possível, ter um tempo extra para elaborar respostas nas provas escritas e permitir que o aluno grave as aulas para poder ouvir novamente.

Os sinais da dislexia podem diminuir ao longo dos anos?

As manifestações do distúrbio podem ser minimizados em qualquer idade, tanto na infância como na vida adulta. Mas para isso acontecer é apoio profissional especializado, dispor de adaptações educacionais e ainda com o amparo dos familiares e amigos.

O diagnóstico da dislexia deve ser feito por exclusão, descartando deficiências auditivas e visuais, déficit de atenção, problemas de ordem psicológica, emocional ou socioeconômicos e a falta de escolarização para só então concluir, através da avaliação neuropsicológica, que seja um caso de dislexia.

Como lidar com a dislexia na vida adulta?

Na vida adulta o disléxico passa a enfrentar o dobro dos desafios. Para que o distúrbio não afete a vida profissional é muito importante que a dislexia seja detectada ainda na infância para que o tratamento especializados, como a fonoaudiologia, por exemplo, comecem a ser feitos o mais cedo possível.

Então, suas dúvidas sobre o que é dislexia foram respondidas? Aproveite para curtir nossa página no Facebook e conferir muito mais sobre o assunto!

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Comments (0) / 22 de março de 2017 /

5 benefícios da reabilitação neuropsicológica para pacientes com Alzheimer

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Com o aumento do diagnóstico de pacientes com Alzheimer nos primeiros estágios da doença, cresceu a necessidade de oferecer não apenas um tratamento via medicamentos, mas também um tratamento terapêutico. Um dos tratamentos desenvolvidos para atender a essa necessidade é a reabilitação neuropsicológica (RN). 

estudos que descrevem o uso da RN em tratamentos coletivos e individuais para pacientes nos primeiros estágios do Alzheimer. A conclusão é que é possível melhorar os déficits de linguagem, memória e a realização de tarefas cotidianas com a RN. Além disso, foi relatada uma menor progressão da doença com a reabilitação. 

Confira mais informações sobre a RN: 

O que é a avaliação neuropsicológica?

Doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, causam déficit cognitivo. Os processos cognitivos são aqueles envolvidos na percepção e avaliação de informações com base no conhecimento que adquirimos ao longo da vida. Ou seja, são processos relacionados com a percepção, linguagem, memória e raciocínio.    

A avaliação neuropsicológica utiliza testes científicos para identificar em que estágio o paciente com Alzheimer se encontra com relação à sua capacidade de:

  • lembrar informações recentes e antigas;
  • se expressar e compreender informações;
  • compreender e julgar situações;
  • resolver problemas simples e complexos.

A partir da análise desses dados pode ser elaborado um plano de reabilitação neuropsicológica. As informações coletadas na avaliação também guiarão todos os profissionais envolvidos no tratamento do paciente, como fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. 

O que é a reabilitação neuropsicológica?

O objetivo da RN é criar maneiras de melhorar os déficits cognitivos causados pelo Alzheimer para que os pacientes tenham uma boa capacidade de interação social, de realização de tarefas diárias e vivam num ambiente seguro. Dessa forma, há uma melhora na qualidade de vida do paciente. 

Déficits na memória, por exemplo, estão entre os primeiros sintomas de Alzheimer. Eles causam grande frustração e geram a sensação de incapacidade no paciente. Para combater esse problema, a RN utiliza exercícios e estratégias para exercitar a memória. Por exemplo:

  • resolução de quebra-cabeças e problemas de lógica; 
  • leitura de pequenas histórias pelo paciente, que posteriormente relata a história para o terapeuta;
  • desenvolvimento de desafios de memória diários, como tomar banho de olhos fechados, para lembrar-se de onde estão os objetos no banheiro;
  • planejar, junto com a família, atividades diárias que o paciente possa realizar para que sua rotina seja agradável e gratificante;
  • estabelecer medidas de segurança, como guardar a chave do carro em outro local e não manter fósforos ao alcance do paciente.

Que benefícios podem ser alcançados?

A combinação entre medicamentos e treinamento cognitivo apresentam os melhores resultados tanto com relação à realização de atividades diárias como em relação à sua capacidade cognitiva. 

A reabilitação pode melhorar: 

1. A memória

Existem várias formas de melhorar a memória: podem ser feitos exercícios com foco na memória de curto prazo, na de longo prazo ou na memória de reminiscência, que se foca em relembrar fatos significativos da vida do paciente.  

2. A capacidade de fazer cálculos

Uma das dificuldades dos pacientes com Alzheimer é pagar contas e lidar com dinheiro, em geral. A prática de contas aritméticas pode ajudar a combater o problema. 

3. A percepção do presente

Por meio da repetição estratégica de dados reais, ela orienta o doente no tempo e no espaço, relembrando, por meio de pistas ou auxílios externos, o dia do mês, do ano, e o local onde ele está,

4. A realização de atividades diárias

A ideia é que o paciente realize o maior número de atividades sozinho, mesmo que de maneira assistida. As atividades podem incluir colagem, costura, cerâmica, elaborar painéis de notícias, cozinhar, etc.

5. Transtornos comportamentais

A depressão é um problema comum em pacientes com Alzheimer. Agir em conjunto com a família para planejar uma rotina interessante para o paciente é uma forma de prevenir ou minimizar a depressão. 

Você é cuidador de um paciente com Alzheimer? Alguém da família teve a doença? Deixe um comentário contando como vocês lidaram com a doença e a como foi a experiência com a reabilitação neuropsicológica. Seu comentário pode ajudar outras pessoas que estão passando por essa situação. 

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Comments (0) / 22 de março de 2017 /

5 benefícios da terapia ocupacional para tratar transtornos mentais

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Tratar transtornos mentais e neuropsicológicos é uma realidade cada vez mais comum na sociedade atual, em que quase todo mundo já sofreu ou conhece alguém próximo que sofre de depressão, transtorno da memória e da atenção, bulimia, pânico, autismo,  entre outros.

A terapia ocupacional tem sido muito útil no tratamento desses tipos de patologias. Inclusive, o trabalho conjunto com neuropsicólogos, fonoaudiólogos, psicólogos e psiquiatras potencializa a reabilitação contribuindo para a inclusão dessas pessoas na sociedade, possibilitando o cumprindo de suas funções e vivendo com maior qualidade de vida.

Leia o post a seguir e conheça as atividades desempenhadas pelo terapeuta ocupacional e 5 benefícios alcançados com o tratamento.

Função da terapia ocupacional

O papel do terapeuta ocupacional é fundamental no processo de reabilitação, justamente por auxiliar e possibilitar que seus pacientes consigam realizar atividades simples do dia a dia, mas que têm muito valor para sua autonomia e bem-estar.

Normalmente, a incapacidade ou dificuldade em realizá-las, tira o sentido da rotina de muitas pessoas, tornando-as mais propensas ao isolamento social, gerando outros problemas de saúde mental. Nesse sentido, a terapia ocupacional também ajuda a melhorar sua inserção social. 

Portanto, uma avaliação neuropsicológica e o tratamento através das técnicas de reabilitação por um profissional qualificado na área servem para diagnosticar limitações físicas, neuropsicólogica e psicológicas, estabelecendo estratégias para aprender ou reaprender atividades importantes de acordo com as necessidades e características de cada paciente. 

Indicações

Na verdade, qualquer pessoa que sinta alguma dificuldade em organizar a sua rotina e desempenhar suas tarefas deve buscar ajuda. Contudo, as indicações mais comuns são para:

  • Bebês ou crianças com algum tipo de atraso no desenvolvimento;
  • Idosos, doentes ou não, que necessitam de auxílio para realizar suas atividades e manter uma boa qualidade de vida;
  • Pessoas que necessitam aprender e/ou reaprender a lidar com alguma disfunção;
  • Pessoas com transtornos mentais ou que sofreram algum transtorno neuropsicológico que precisam readquirir autonomia.

No caso dos transtornos mentais, é comum que pessoas com esquizofrenia, dependência química, pânico, ansiedade, fobia social e mesmo a depressão tenham dificuldade em organizar sua vida, manter relações interpessoais satisfatórias e até cuidar de si mesmo.

Atividades desenvolvidas para tratar transtornos mentais

Para tratar transtornos mentais, o terapeuta ocupacional lança mão de uma série de métodos e estratégias para reabilitar o paciente, para que esse possa lidar melhor com suas dificuldades , que refletem na melhoria de sua saúde mental, e não  impeçam sua participação produtiva na sociedade.

Reabilitar ou habilitar suas competências verbais são importantes para o paciente expor os seus sentimentos e emoções, expressar vivências pessoais que possam ter contribuído para o seu afastamento social e conquistar maior autoconhecimento. 

Já as atividades motoras ou manuais tratam mais de habilidades cognitivas como raciocínio lógico, coordenação motora, concentração, noção de espaço, memória, entre outras.

Além disso, são trabalhados alguns fatores sociais ligados à própria imagem e aos relacionamentos interpessoais. Um paciente com transtorno bipolar, por exemplo, pode ter dificuldade em se vestir adequadamente, manter sua higiene em dia, lidar com pessoas diferentes, entre outras situações que podem comprometer o seu emprego.

Benefícios da terapia ocupacional

O trabalho de um terapeuta ocupacional é fascinante ao promover maior qualidade de vida para seus pacientes, gerando benefícios como:

1. Autoaceitação

O terapeuta auxilia o paciente a ter mais consciência das suas limitações, sabendo valorizar-se e tolerar suas dificuldades, sempre em busca de melhorias.

2. Autodesenvolvimento

Reabilita ou habilita a pessoa a explorar novas habilidades, superando dificuldades motoras e sensoriais e criando desafios constantes que promovam o seu próprio desenvolvimento.

3. Coordenação motora

O terapeuta ocupacional em parceria com neuropsicólogo auxilia na reabilitação das habilidades cognitivas importantes, adotando exercícios que estimulam o processamento de informações, raciocínio, concentração, memoria, atenção e coordenação para realizar as atividades necessárias.

4. Autocontrole

Ajuda a regular o comportamento do paciente a fim de se adequar melhor aos ambientes, reduzindo estresses e reações indesejadas. Dessa maneira, permite-se um convívio mais saudável com outras pessoas e diferentes situações.

5. Autoconfiança e autoestima

Um dos maiores ganhos da terapia ocupacional é fazer a pessoa entender os seus limites, expressando seus sentimentos e trabalhando as dificuldades. Assim, começa a aprender a gostar de si mesmo e a sentir-se capaz, confiante, atraente e mais feliz.

Aprendeu um pouco mais sobre como tratar transtornos mentais? Não deixe de seguir nossas redes sociais para continuar se informando sobre este e outros assuntos!

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